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Persistem os efeitos da catástrofe do Tsunami

22 de março de 2005 (Bibliomed). Sabemos agora que a catástrofe envolvendo o tsunami no dia 26 de dezembro de 2004 foi um dos maiores desastres naturais em história. A onda gigante ocorrida no Oceano Índico ceifou mais de 150.000 vidas e milhares de feridos, desabrigados, órfãos e desesperados. O que ainda não se sabe é a respeito das ameaças a longo prazo a saúde pública que o tsunami pode ter gerado.

Os efeitos primários do mar ficaram bem claros nas primeiras semanas após o desastre: a maioria das mortes foi um resultado direto de afogamento e danos traumáticos, comprometendo casas, instalações médicas, lavouras, e toda a infra-estrutura existente.

O impacto desta devastação é bastante evidente, mas as ameaças a longo prazo para saúde pública são mais incertas. Danos para os sistemas de esgoto e a contaminação dos reservatórios de água são uma ameaça mais séria e podem levar ao surgimento de doenças como a cólera, hepatites A e E, diarréia, febre tifóide, shigelose, rotavirus, e leptospirose.

Poças de água parada podem levar ao surgimento de doenças transmitidas por mosquitos, como a malária e dengue. A superpopulação dos campos de refugiados leva ao risco de pneumonias e outras doenças respiratórias.

A avaliação da alarmante situação local foi feita por especialistas da Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, e publicada no último número da revista Journal of Clinical Investigation.

Fonte: J. Clin. Invest. 115:481 (2005).

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