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25 de julho de 2025 (Bibliomed). Uma nova análise realizada com quase 400 mil crianças e adolescentes nos Estados Unidos revelou que não estar vacinado aumenta significativamente o risco de desenvolver Covid longa - condição em que os sintomas da infecção persistem por semanas ou meses após a recuperação inicial. Os dados mostram que, dependendo da idade e do período da pandemia, crianças e adolescentes não vacinados foram até 20 vezes mais propensos a apresentar sintomas duradouros após a infecção por Covid-19.
O estudo, parte da iniciativa nacional RECOVER, usou registros eletrônicos de saúde de jovens entre 5 e 20 anos durante os surtos das variantes delta (2021) e ômicron (2022). A vacinação demonstrou ser altamente eficaz para evitar infecções, o que se traduziu em menor incidência de Covid longa. Durante a onda delta, adolescentes vacinados apresentaram taxa 32 vezes menor da condição em comparação com os não vacinados. Na fase ômicron, as vacinas foram cerca de 60% eficazes em crianças e 75% em adolescentes para prevenir casos de Covid longa.
Contudo, os pesquisadores descobriram que a vacina não oferece proteção adicional contra a Covid longa após a infecção já ter ocorrido. Ou seja, o principal benefício está na prevenção da infecção em si.
Esses achados reforçam a importância da vacinação infantil e adolescente, não apenas para evitar sintomas agudos da Covid-19, mas também para reduzir significativamente o risco de efeitos prolongados, como fadiga, "névoa cerebral" e problemas respiratórios.
Fonte: eClinicalMedicine. DOI: 10.1016/j.eclinm.2024.102962.
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