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Exposição à fome na infância associada a maior risco de câncer de mama

12 de Abril de 2004 (Bibliomed). Mulheres que passaram por uma curta, porém séria diminuição na ingestão de alimentos durante o período de fome e escassez ocorrido na Holanda nos anos de 1944-1945 tiveram um risco aumentado de câncer de mama, comparado com mulheres cuja ingestão de calorias não tinha sido afetada, é o que revela um estudo publicado no número de 7 de abril da revista Journal of the National Cancer Institute.

Vários estudos em animais indicaram que a redução da ingestão de calorias previne vários tipos de câncer, mas as implicações da restrição calórica a curto prazo são desconhecidas.

Durante a Segunda Guerra Mundial, um período de fome e escassez ocorreu na parte ocidental dos Países Baixos, resultante de um embargo de alimentos imposto pelas autoridades alemãs. Entre 1983 e 1986, aproximadamente 15.000 mulheres participaram de um programa holandês contra o câncer de mama. Elas que tinham idades 2 e 33 anos em 1944-1945, responderam a um questionário sobre a sua experiência relativa àquele período.

Segundo os resultados da análise efetuada, o risco de câncer de mama aumentou proporcionalmente às dificuldades e à fome experimentadas durante o período de escassez. Por exemplo, mulheres que tiveram maiores dificuldades e fome, apresentaram um aumento de 48% no risco de câncer de mama comparado com mulheres que não tiveram diminuição na ingestão de alimentos.

A associação entre a fome e o risco de câncer de mama foi mais alta entre mulheres que tinham idades entre os 2 e os 9 anos durante o período de escassez.

Fonte: Journal of the National Cancer Institute, Vol. 96, No. 7, 539-546, April 7, 2004

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