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Célula Alterada Geneticamente Pode Ser Usada Contra Diabete

Por Emma Patten-Hitt

NOVA YORK (Reuters Health) - Células produtoras de insulina que foram modificadas geneticamente para resistir à destruição pelas proteínas do sistema imunológico podem levar cientistas à descoberta da cura da diabete do tipo 1. Shimon Efrat, da Escola de Medicina Sackler, em Israel, discutiu as descobertas de sua pesquisa em um simpósio na segunda-feira na Escola Klebe, em Oxford, no Reino Unido.

A insulina é produzida pelas células beta, encontrada no pâncreas. Um dos maiores problemas associados às células beta transplantadas em diabéticos é a rejeição pelo sistema imunológico dos receptores.

Entretanto, pesquisadores estão descobrindo uma maneira de contornar o problema. Uma técnica conhecida como encapsulação, ou grupos de células encapsuladas com um polímero poroso, consegue tornar as células quase 'invisíveis' ao sistema imunológico.

Os pequenos poros da cápsula impedem a passagem de moléculas grandes como células ou anticorpos, mas permitem a passagem de moléculas menores como nutrientes e insulina.

Entretanto, estudos têm demonstrado que as citocinas, proteínas secretadas por células do sistema imunológico, são pequenas o suficiente para passar através a cápsula protetora e matar a célula.

Agora, Efrat e sua equipe tentaram impedir a destruição causada pelas citocinas inserindo um grupo de genes nas células que previnem o resultado final da destruição, chamado de morte programada da célula ou apoptose.

"A idéia é combinar a encapsulação celular com o processo de modificação da célula", disse Efrat. "Estamos utilizando um grupo de genes de adenovírus que produzem uma variedade de proteínas que impedem a apoptose e um pode remover os genes dos genomas virais e introduzi-los em células de mamíferos para protegê-las", explicou Efrat.

Efrat alertou que seus experimentos têm sido desenvolvidos exclusivamente em células de ratos, mas ele acrescentou que "eventualmente podemos traduzir o que aprendemos em células beta em ratos para células beta em humanos".

"Se grandes quantidades de células beta humanas se tornarem disponíveis a partir de um dos diversos métodos de manipulação poderemos inserir definitivamente estes genes e, assim, eu diria que em alguns anos estes avanços serão aplicados em ensaios clínicos e, com sucesso, elas (as células) eventualmente estarão disponíveis para pacientes", disse Efrat.

Sinopse preparada por Reuters Health

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