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Taxas de analfabetismo fortemente associadas com a expectativa de vida no Brasil

01 de Agosto de 2003 (Bibliomed). O vínculo entre as diferenças de renda e saúde foi estudado principalmente em nações desenvolvidas. Um novo estudo publicado ontem na revista American Journal of Public Health avalia a relação entre disparidades de renda e a expectativa de vida no Brasil, e mede o impacto dos índices de analfabetismo nesta associação.

A análise foi feita em todos os estados brasileiros e na capital federal. Foram executadas regressões lineares simples e múltiplas, para medir a associação entre a disparidade de renda, medida pelo coeficiente de Gini, produto interno bruto (PIB) per capita, e índice de analfabetismo. Os dados foram obtidos de fontes públicas disponíveis no Ministério da Saúde e no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Nos resultados obtidos, as diferenças de renda e as taxas de analfabetismo foram negativamente associadas com a expectativa de vida no Brasil. O PIB per capita estava positivamente associado com a expectativa de vida. A inclusão dos índices de analfabetismo no modelo de regressão removeu o efeito de disparidades de renda.

O estudo concluiu que a taxa de analfabetismo é fortemente associada com a expectativa de vida no Brasil. Este achado está em acordo com relatórios dos Estados Unidos e tem implicações para as políticas de saúde e planejamento tanto para os países desenvolvidos como para os em desenvolvimento.

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