Notícias de saúde

Adoçante natural está sendo testado em Campinas

10 de Junho de 2003 (Bibliomed). Pesquisadores do Instituto de Química da Unicamp estão desenvolvendo um novo adoçante natural com poder dulcífero 1,4 mil vezes maior que o do açúcar vendido no mercado comum. A base do novo adoçante é a monatina, um aminoácido extraído de raízes da Schlerochiton illicifolius, uma planta encontrada na África do Sul. “A mistura da monatina com outros adoçantes, como o aspartame, por exemplo, resulta numa variedade de sabores que aumenta ainda mais a sua importância comercial”, explicou o professor e orientador do estudo, Fernando Coelho, acrescentando que esse tipo de composto tem um mercado nacional e internacional com aceitação garantida.

Coelho conta que os adoçantes artificiais são produtos largamente consumidos no Brasil, não apenas na preparação de alimentos, mas também como coadjuvantes no tratamento de doenças, como o diabetes, e em regimes de emagrecimento. Por isso, há uma busca internacional muito grande por substâncias que podem ou não ser de origem natural, que tenham, sobretudo, potencial dulcífero. “Quando se está colocando uma substância química para dar sabor ao café, eu preciso de um elemento com características que proporcionem um sabor realmente doce em baixíssima concentração e, ao mesmo tempo, que seja completamente livre de elementos tóxicos”, disse, justificando que uma eventual toxidade pode provocar problemas sérios de saúde ao consumidor.

O estudo faz parte da dissertação de mestrado de Ediclea Cristina Fregonese Camargo sobre Preparação de aminoácidos não proteinogênicos, estruturalmente relacionados ao adoçante natural monatina. Embora ainda não esteja totalmente concluído, o trabalho pode ser aplicado para o tratamento de uma série de doenças. “Pude observar que durante a preparação da monatina existiam estruturas intermediárias que poderiam ser aplicadas no sistema nervoso central, principalmente no combate a doenças neurodegenerativas, como o Mal de Parkinson, por exemplo”, disse Ediclea.

Copyright © 2003 Bibliomed, Inc.

Faça o seu comentário
Comentários