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Pesquisadores descobrem nova arma contra males cerebrais

05 de Fevereiro de 2003 (Bibliomed). Um novo tratamento pode ajudar a controlar doenças neurológicas, como o mal de Alzheimer e a forma humana do mal da vaca louca, de acordo com uma pesquisa desenvolvida por cientistas norte-americanos. Embora o tratamento ainda esteja em fase de teste, foi considerado promissor pela revista Science, uma das mais importantes publicações científicas do mundo. Segundo os pesquisadores, a nova técnica testada no estudo ainda não pode ser utilizada na fabricação de remédios, mas já representa um grande avanço para a ciência, porque até hoje não existem terapias eficientes contra as chamadas doenças priônicas, ou seja, associadas ao acúmulo de placas da proteína beta-amilóide ou de príons.

Realizado por bioquímicos do Instituto de Pesquisa Scripps, na Califórnia (EUA), o estudo foi aplicado em culturas de células e baseado no uso de moléculas capazes de se infiltrar entre as placas de proteínas alteradas, que causam as doenças, quebrando e estabilizando essas proteínas em seu formato normal, impedindo que se juntem novamente. Os resultados finais revelaram que as moléculas criadas pelos cientistas funcionam da mesma maneira que uma alteração genética capaz de prevenir doenças.

A pesquisa se deteve numa rara classe de 80 doenças que afetam o coração e a parte neurológica, e que são causadas pela alteração de uma proteína produzida pelo fígado. Essas doenças são caracterizadas pelo acúmulo de placas de proteínas chamadas de polineuropatias amilóides familiares (FAPs, na sigla em inglês). No entanto, os cientistas acreditam que a mesma estratégia possa ser usada no tratamento de doenças amilóides mais comuns. “Qualquer proteína alterada que causa patologias, que interage com outras proteínas pode, em princípio, ser alvo da técnica”, afirmou o coordenador do estudo, Jeffery W. Kelly, do Instituto de Pesquisas The Scripps.

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