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Cientistas descobrem tratamento para aneurisma grave

17 de Janeiro de 2003 (Bibliomed). O aneurisma cerebral pode ser causado por uma alteração congênita na parede do cérebro ou pelo efeito de diversas doenças, como hipertensão e aterosclerose e se caracteriza pelo enfraquecimento de uma parte do vaso sangüíneo e a conseqüente dilatação do vaso. O aneurisma pode ser assintomático e caso ocorra à ruptura do vaso provoca um derrame hemorrágico (AVC – Acidente Vascular Cerebral).

Em um novo estudo, desenvolvido nos Estados Unidos, os pesquisadores descobriram um material gelatinoso, fabricado à base de polímero etileno vinil álcool, que pode ser utilizado no tratamento de aneurismas cerebrais grandes e gigantes. Segundo os cientistas, a nova técnica tem 97% de chance de sucesso e não apresenta tanto risco para os pacientes. O médico Carlos Abath, presidente da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular disse que a novidade é excelente para os aneurismas gigantes, para os quais só existia a opção de tratamento por cirurgia aberta. “O método que preenche o aneurisma com molas é indicado apenas para dilatações pequenas”, explicou.

Para tratar o aneurisma, os médicos introduzem, no local exato da dilatação do vaso, a substância gelatinosa que se solidifica dentro da artéria. A introdução do gel é realizada com a ajuda de um catéter – uma espécie de sonda, introduzida através da virilha. A substância é depositada em etapas, para que o cérebro não deixe de receber sangue por mais de três minutos e as pausas para revascularização cerebral duram dois minutos. O tempo total do procedimento dura de duas a três horas e o paciente recebe alta em três dias. No Brasil, o método foi difundido pela equipe do médico francês Jacques Moret, que aplica a técnica há dois anos e já está sendo utilizado em alguns hospitais do Rio de Janeiro, Recife e São Paulo.

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