Notícias de saúde

Dia Nacional de Combate ao Câncer alerta para necessidade de diagnóstico e tratamento precoces

25 de Novembro de 2002 (Bibliomed). O câncer representa hoje a segunda causa de morte no Brasil, perdendo apenas para as doenças do coração. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), mais de 337 mil novos casos da doença serão detectados este ano no Brasil. Para conscientizar a sociedade da necessidade de se detectar e tratar a doença precocemente, o Ministério da Saúde criou, em 1988, o Dia Nacional de Combate ao Câncer, comemorado no dia 27 de novembro.

O mais comum de todos os tumores malignos é o câncer de pulmão, que deve atingir mais de 20 mil brasileiros este ano. O método mais apropriado para detectar esse tipo de tumor ainda é o raio-X. "O raio-X digital permite melhor visualização, garantindo uma pesquisa mais apurada. Geralmente é seguido pela tomografia computadorizada e por outros exames mais específicos, conforme orientação médica", explicou o médico Marcelo Secaf.

O câncer de mama é o mais temido entre as mulheres. Serão cerca de 36 mil novos casos até o fim deste ano no Brasil. As formas mais eficazes de detecção de tumores são o exame clínico e a mamografia, que é capaz de identificar tumores não-palpáveis. A mamotomia – biópsia por agulha, orientada pela mamografia ou pelo ultra-som, que extrai nódulos de até 1,5 cm ou calcificações que se formaram na mama – tem evitado que as mulheres passem por cirurgias desnecessárias em 70% dos casos.

O câncer de intestino também vem aumentando entre as mulheres. Dados do Inca apontam 9.170 novos casos de câncer em homens contra 9.800 em mulheres até o final deste ano. Mas a detecção precoce tem sido um grande aliado no tratamento desse tipo de tumor. A novidade no diagnóstico é a colonoscopia virtual. "Apesar da colonoscopia virtual exigir um preparo intestinal fazendo uso de laxantes, como no método tradicional, ela dispensa a sedação, tem maior sensibilidade na detecção do tumor, é um método não-invasivo e relativamente rápido", explicou o médico radiologista Renato Anthero Fernandes.