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Novas técnicas aumentam eficiência no tratamento de coluna

20 de Novembro de 2002 (Bibliomed). Os problemas de coluna são a principal causa de afastamento do trabalho em vários países. “A maioria dos casos, que chega a 90%, não são propriamente doenças da coluna, mas decorrentes de mau condicionamento físico, tensão e postura inadequada”, explicou o ortopedista Rogério Miranda, membro da Sociedade Brasileira de Coluna. Segundo o médico, somente 10% das pessoas que se queixam apresentam algum problema vertebral que merece atenção especial. Mas o recomendado é que todo paciente com dor lombar procure um ortopedista para que seja feito um diagnóstico preciso, com a ajuda de tomografia computadorizada ou de ressonância nuclear magnética.

As dores de coluna podem ser manifestações de alguma alteração degenerativa que leva a um mau funcionamento. Geralmente essas alterações acometem pessoas acima de 40 anos. Um dos novos recursos de tratamento é a artroplastia, que consiste na substituição do disco degenerado por um implante que permite ao paciente continuar com movimentos. “A tecnologia trouxe implantes de titânio, ganchos especiais e barras, que permitem ao cirurgião corrigir deformidades como a escoliose, eliminando o uso de coletes pós-operatório”, disse o ortopedista Roberto Sakamoto, também membro da Sociedade Brasileira de Coluna.

Sakamoto ressalta que o atendimento ao paciente com doenças degenerativas também foi facilitado pelo uso da técnica da artrodese, que descomprime e estabiliza a coluna num único tempo cirúrgico. Outro método para tratamento de doenças do disco intervertebral, que não necessita de intervenção cirúrgica, é a nucleoplastia, realizada através de uma punção do disco, sob anestesia local. A descompressão intradiscal fica pronta em 30 minutos e o paciente pode andar no mesmo dia. A técnica usada anteriormente exigia a remoção do disco que resultava na fusão da coluna e, conseqüentemente, na restrição dos movimentos.