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Hidroterapia é nova alternativa para o tratamento de problemas na coluna

23 de janeiro de 2003 (Bibliomed). Atualmente, a hidroterapia, que aplica técnicas de fisioterapia na piscina, tornou-se uma forte aliada no tratamento de diversos problemas, principalmente ortopédicos e neurológicos, já que na água o corpo fica mais leve, ganha liberdade de movimentos e os músculos trabalham melhor. O método beneficia pacientes que não podem forçar membros ou articulações e aqueles que vivem presos em uma cadeira de rodas, já que na água o peso chega a diminuir 70%, permitindo movimentos impossíveis em terra firme. Além disso, não existe o risco de lesões e as atividades são menos doloridas. “A pessoa se livra de algumas limitações e reforça sua auto-estima”, comenta a hidroterapeuta Rita Labronici.

A novidade é que a hidroterapia também pode ajudar na cura de problemas relacionados à coluna, segundo uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que atingem cerca de 80% da população mundial. O estudo mostra que a nova técnica é mais eficiente do que a fisioterapia clássica. A pesquisa comparou dois grupos de indivíduos, um tratado na água e outro na terra, avaliando aspectos como dor, resistência, força e mobilidade dos músculos. “A turma que fez exercícios aquáticos conquistou mais flexibilidade na coluna e maior capacidade de alongamento”, conta a fisioterapeuta Giselle Atti, autora do trabalho. “Além disso, esses participantes sentiram menos cansaço nas aulas”, completou. Os resultados mostraram que a fraqueza muscular, conseqüente do sedentarismo, gestação ou má postura, era a causa dos problemas dos voluntários.

A hidroterapia não traz benefícios apenas para pessoas que sofrem de doenças neurológicas ou ósseas. Os idosos e asmáticos, por exemplo, podem praticar exercícios que estimulam a reeducação respiratória. Segundo a fisioterapeuta Fátima Caromano, “os músculos passam a trabalhar melhor e as crises ficam mais suaves, reduzindo o risco de remédios e o número de internações”. As grávidas adquirem forma física e respiração mais eficiente, garantindo um parto mais tranqüilo. Já os atletas contundidos, “podem continuar se exercitando sem sobrecarregar as áreas fragilizadas”, explicou Caromano.

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