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CAPS ampliam atendimento gratuito a dependentes químicos e portadores de doenças mentais

20 de Novembro de 2002 (Bibliomed). Cerca de 120 mil portadores de transtornos mentais e dependentes químicos em todo país devem ser atendidos nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), através do Sistema Único de Saúde (SUS). A portaria que habilita 382 CAPS a prestar esse atendimento foi assinada pelo ministro da saúde, Barjas Negri, no último dia 14.

Com isso, estados e municípios poderão prestar assistência gratuita aos pacientes sem precisar usar a verba de seus tetos financeiros. O Ministério da Saúde passará a destinar R$ 73 milhões por ano para o programa, sendo R$ 52 milhões para os CAPS de Saúde Mental e R$ 21 milhões para o funcionamento do CAPS álcool e drogas. Os recursos virão do Fundo das Ações Estratégicas e Compensação (FAEC).

Até o final deste ano, outros 60 CAPS deverão ser habilitados, sendo 40 de Saúde Mental e 20 destinados a atender pessoas com transtornos decorrentes do uso de álcool e de drogas. A ampliação desse tipo de assistência faz parte do processo de Reforma Psiquiátrica, que prevê a redução de leitos nos hospitais psiquiátricos. A política antimanicomial possibilita a maior participação de familiares no tratamento, facilitando a integração do paciente no seu meio social e permitindo sua recuperação.

Criados no início deste ano, os CAPS oferecem serviços extra-hospitalares, como atendimento em grupo, visitas domiciliares, atividades comunitárias para inserir o paciente na sociedade, além de assistência terapêutica (medicamentosa e psicológica) aos doentes e seus familiares e serviços como orientação profissional e desintoxicação. Eles podem funcionar dentro dos limites de um hospital ou universidade, desde que independentes de sua estrutura física, com acesso privativo e equipe profissional própria.

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