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Belo Horizonte, 08 de Outubro de 2001 (Bibliomed). A desospitalização para portadores de transtornos mentais, discutida em todo o Brasil, promete ganhar impulso no Rio de Janeiro. Com o maior número de atendimentos psiquiátricos do País (somente no ano passado foram 86 mil consultas), o estado pretende pagar dois salários mínimos para as famílias que reintegrarem seus parentes internados com alta médica há pelo menos dois anos.
O programa objetiva desmistificar a imagem do doente mental. As novas alternativas de integração dos pacientes à sociedade, já colocadas em prática na cidade, reduziram em 80% as internações. De 1995 até agora, já foram fechados 1,5 mil leitos e espera-se fechar outros 1,2 mil até o próximo ano.
O coordenador de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde do Rio, Hugo Fagundes, disse que, atualmente, o município tem 3.120 leitos em dez clínicas psiquiátricas.
O plano de redução progressiva dos leitos de longa permanência para doentes mentais no município foi discutido na última semana, durante a I Conferência de Saúde Mental que aconteceu na cidade. Durante o evento, também foi apresentado o programa de incentivo à desospitalização. O Projeto de Lei que prevê o pagamento do auxílio, proposto pelo Executivo municipal, ainda aguarda votação na Câmara.
Além da ajuda de dois salários mínimos (R$360,00) para as famílias que reintegrarem sus parentes internados á vida social, está previsto o pagamento de um salário mínimo às famílias que levarem os internos para as unidades de Moradias Assistidas.
Os pacientes reintegrados continuarão a ser atendidos nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e no Programa Moradia Assistida. Ao todo, existem oito Caps na cidade, dois deles infanto-juvenis, onde os pacientes recebem acompanhamento médico e psicológico, além de participar de oficinas de arte e música.
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