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Estudantes com anemia não conseguem bom aproveitamento escolar

30 de Outubro de 2002 (Bibliomed). A explicação para o baixo rendimento escolar pode estar na anemia – problema caracterizado pela redução da concentração de hemoglobina no sangue, em decorrência de falta de ferro, que resulta em baixa capacidade cognitiva, falta de concentração e incapacidade para acompanhamento escolar.

Um estudo realizado no Rio de Janeiro com 4,5 mil estudantes, com idades entre 7 e 15 anos, mostrou que 13% estavam anêmicos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera aceitável um percentual máximo de 5%. Agora, o levantamento está sendo feito com três mil alunos do ensino fundamental, em 32 escolas públicas de Belo Horizonte (MG), sendo 20 estaduais e 17 municipais.

A equipe da Secretaria de Estado da Saúde é formada por 20 pesquisadores que, além de medir a hemoglobina, cujo resultado sai na hora, pesa e mede o aluno. Aqueles considerados anêmicos são encaminhados ao posto de saúde mais próximo de suas casas para tratamento, que pode ser uma simples educação nutricional ou um medicamento à base de sulfato ferroso, dependendo da gravidade. O estudo em BH deve terminar no final de novembro e a idéia é estendê-lo para o interior do Estado.

Segundo coordenadora de Alimentação e Nutrição da SES/MG, Maria Beatriz Lisboa, o Ministério da Saúde estima que 50% da população infantil menor de dois anos e pré-escolar, 20% dos adolescentes e de 15% a 30% das gestantes tenham anemia. A doença muitas vezes passa despercebida porque os sintomas não são característicos. O diagnóstico é feito através de um hemograma (exame de sangue).

Maria Lisboa ressalta a importância de adotar medidas preventivas, mantendo uma dieta rica em ferro, que pode ser encontrado em alimentos como manga, limão, laranja, carne, peixe, couve-flor, beterraba, cebola, cenoura e feijão.

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