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Inca traça perfil de fumante no Brasil

30 de Setembro de 2002 (Bibliomed). O Instituto Nacional do Câncer (Inca) está realizando uma ampla pesquisa para traçar o perfil do fumante no Brasil e conhecer o impacto do Programa Nacional de Controle do Tabagismo. O “Inquérito Domiciliar sobre Comportamentos de Risco e Morbidade Referida de Agravos Não Transmissíveis”, que começou há três meses e será concluído em junho de 2003, irá flagrar a situação da população em relação à exposição a fatores de risco de câncer e doenças não-transmissíveis. A pesquisa abrangerá 19 mil domicílios – cerca de 54 mil pessoas com mais de 15 anos, nas 26 capitais e no Distrito Federal. O trabalho está sendo financiado pela Fundação Nacional de Saúde, em parceria com o Centro Nacional de Epidemiologia (CENEPI) e outros órgãos do Ministério da Saúde.

As informações atuais mostram que um terço da população brasileira adulta fuma, sendo 11,2 milhões de mulheres e 16,7 milhões de homens. Nos últimos anos, a mulher vem aumentando sua participação. A maioria dos fumantes tem entre 20 e 49 anos, mas 90% ficam dependentes da nicotina entre os 5 e os 19 anos. Atualmente, existem no país 2,4 milhões de fumantes nessa faixa etária. A região Sul possui o maior índice de fumantes do país (42%) e a região Nordeste, o menor (31%). A proporção de fumantes na zona rural é maior do que na zona urbana em todas as faixas etárias, provavelmente por causa do acesso limitado ao sistema de saúde e o baixo nível de informação sobre os malefícios do cigarro, associados à grande penetração das propagandas na zona rural e à necessidade de se copiar o estilo de vida urbano.

O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo, e chega a 4 milhões/ano, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia. No Brasil, 200 mil pessoas morrem a cada ano por doenças relacionadas ao cigarro.

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