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Idosos e pessoas com danos cerebrais aprendem, desde que se ensine devagar

23 de Setembro de 2002 (Bibliomed). Paciência. Esse é o segredo para ensinar novas coisas a pessoas mais velhas ou que sofreram danos cerebrais, como derrame. Cientistas da Universidade de Stanford, na Inglaterra, descobriram que as corujas conseguem se adaptar melhor se ensinadas lentamente, e acreditam que essa descoberta também vale para os homens.

Partindo do princípio que as corujas desenvolvem um "mapa mental" unindo sons e visão para caçar durante a noite, os cientistas colocaram lentes nas aves, alterando seu campo visual, e observaram que as corujas jovens se adaptaram melhor à lente que as mais idosas. Mas, quando os cientistas mudaram as lentes das corujas mais idosas e foram alterando o campo visual delas aos poucos, perceberam que elas se ajustaram quase tão rápido quanto as aves mais novas. "Em vez de exigir que as corujas aprendessem tudo de uma vez, nós dividimos o problema em pequenos passos. Descobrimos que elas podem aprender bem mais desse jeito", explicou o pesquisador Brie Linkenhoker.

As descobertas foram descritas na edição de 18 de setembro da revista Nature. Para o pesquisador Eric Knudsen, que também colaborou com o estudo, uma melhor compreensão do modo como os cérebros maduros funcionam pode ajudar na recuperação de pacientes que sofreram danos cerebrais ou derrame. "Muita terapia é feita sem que se saiba como a mente funciona", criticou.

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