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Alguns cérebros parecem já estar preparados para aprender um segundo idioma

8 de dezembro de 2014 (Bibliomed). Os cérebros de algumas pessoas parecem ser previamente “preparados” para aprender um segundo idioma, sugere nova pesquisa.

Segundo pesquisadores da Universidade Estadual da Pensilvânia, o cérebro se torna mais conectado e integrado depois de aprender algo. Mas, de um modo interessante, os cientistas foram capazes de verificar que as redes cerebrais dos alunos mais bem sucedidos são melhor conectadas mesmo antes de que a aprendizagem ocorra.

Os cientistas estão estudando como as conexões cerebrais relacionam-se com o desenvolvimento de habilidade de aprender uma segunda língua. Sabe-se que, se a aprendizagem de uma nova língua é bem-sucedida, regiões-chave do cérebro responsáveis pela manipulação dos idiomas estarão ativadas. Mas não se sabe como essas diferentes regiões são conectados umas com os outras como uma rede.

No novo estudo, publicado recentemente no Journal of Neurolinguistics, os pesquisadores esperavam identificar as mudanças que ocorrem na rede cerebral depois do aprendizado. Eles também queriam fazer previsões sobre o que as mudanças na rede possam ou não ocorrer a fim de prever as diferenças individuais entre as pessoas.

Foram recrutados 39 indivíduos que tinham o inglês como idioma nativo, e foi solicitado a 23 deles que estudassem o vocabulário chinês por 6 semanas. Os pesquisadores mapearam seus cérebros com aparelhos de ressonância magnética antes e depois do curso de línguas.

Verificou-se que os participantes que foram os mais bem sucedidos em aprender chinês também tiveram os cérebros mais bem relacionados em termos de ligações entre regiões do cérebro que lidam com certas habilidades de pensamento e linguagem, disseram os pesquisadores.

Não está claro quantas pessoas são pré-conectadas para terem um melhor desempenho em aprender uma segunda língua, e não se sabe se o treinamento pode melhorar este tipo de conexão cerebral. Também não é claro como essas conexões cerebrais se relacionam a fatores como estresse e motivação que também pode afetar a capacidade de dominar uma segunda língua.

Fonte: Maio 2014, Journal of Neurolinguistics, versão online.

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