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Cientistas estão perto de desenvolver antídoto contra antraz.

05 de Junho de 2002 (Bibliomed). Uma equipe de bioquímicos da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, anunciou, na última semana, que está próxima de desenvolver um antídoto para a bactéria do antraz. O trabalho será publicado na edição de junho da revista Nature Biotechnology.

Os cientistas, coordenados pelo professor George Giorgiou, conseguiram isolar os anticorpos necessários para neutralizar a toxina do antraz. Eles afirmam que não se conhecia, até agora, nenhum medicamento eficaz contra a bactéria.

De acordo com os estudos e testes que estão sendo desenvolvidos, os anticorpos poderão ser injetados em pacientes contaminados que ainda não desenvolveram a doença ou em pacientes que estão na fase intermediária da enfermidade.

Os estudos da equipe se concentram em uma substância tóxica, composta de três proteínas, que é liberada quando os esporos do antraz atacam as glândulas linfáticas, onde se multiplicam.

A bactéria consegue chegar até essas glândulas depois de ser inalada, ingerida ou simplesmente penetrar no corpo através de ferimentos abertos.

Cada uma das proteínas que compõem a substância tóxica tem um papel de destruição da defesa do organismo. Uma delas, conhecida como PA, abre o macrófago (célula que destrói agentes patogênicos estranhos), permitindo que as outras proteínas se instalem com facilidade dentro da célula de defesa.

O papel do anticorpo isolado pela equipe de cientistas norte-americanos é justamente de impedir que a proteína PA consiga fazer isso. Além disso, os anticorpos são estáveis e resistentes ao calor, podendo ser manipulados e transportados facilmente.

No final de 2001, a bactéria do antraz foi usada em uma série de atentados por carta, vitimando cinco pessoas nos Estados Unidos. Há 30 anos foi elaborada uma vacina, também baseada na proteína PA. Entretanto, ela não produziu efeitos satisfatórios. Apenas os animais contam com vacinas eficazes.

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