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Dia dos Namorados terá campanha educativa em diversas salas de cinema

28 de Maio de 2002 (Bibliomed). O “Dia dos Namorados”, 12 de junho, não deverá ser comemorado apenas com beijos e abraços pelos casais. A Coordenação Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST-Aids), do Ministério da Saúde, vai aproveitar a data para colocar em discussão os riscos da contaminação de jovens por doenças transmissíveis por via sexual. O uso de preservativos será mais uma vez reforçado.

O projeto, organizado pelo Conselho Empresarial Nacional de Prevenção à Aids, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), contará com apoio do Ministério da Saúde. A partir do dia 4 de junho, serão veiculadas propagandas rápidas em mais de 80 salas de cinema de todo o Brasil e ainda no canal de televisão à cabo MTV. O tema principal é o incentivo ao uso da camisinha nas relações sexuais.

Serão, ao todo, 40 inserções nas salas de cinema. Além disso, funcionários das empresas filiadas ao Conselho Empresarial receberão cerca de 30 mil camisinhas com folder explicativo sobre as formas de transmissão da Aids. Balas educativas para "adoçar" o namoro também serão distribuídas.

Este é o segundo ano consecutivo em que o Conselho Empresarial Nacional de Prevenção às DST/Aids programa algo especial para o Dia dos Namorados. A entidade é formada por 22 empresas de grande porte. Seu trabalho é criar políticas permanentes de informação, assistência e prevenção entre os funcionários das empresas, sempre mantendo parceria com a Coordenação Nacional de DST/Aids, do Ministério da Saúde.

Além de atividades voltadas para os empregados das empresas filiadas, o conselho aproveita datas específicas para trabalhar temas relacionados às DSTs com o público mais amplo. No ano passado, foram distribuídos cartões postais em cinemas e shoppings.

Apesar de constatar uma retração no número de casos de contaminação por Aids na população em geral, o Ministério da Saúde verificou o aumento de infecções entre heterossexuais, tanto em homens quanto em mulheres. As relações heterossexuais, como via de transmissão, já respondem por 80% dos casos da doença em mulheres e por 40% dos casos em homens. As transmissões por relações homossexuais apresentaram redução de 1% e as bissexuais permaneceram estáveis.

No ano passado, segundo o último levantamento do Ministério da Saúde, foram registrados 7 mil 363 novos casos de Aids no Brasil (números parciais). Desde o início da epidemia, em 1980, foram registrados 222 mil 356 casos (59 mil 624 casos em mulheres e 162 mil 732 casos em homens). Desse total, 108 mil pessoas morreram.

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