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Muitos conhecem a palavra genéricos, mas poucos realmente levam os produtos para casa

02 de Abril de 2002 (Bibliomed). Um levantamento técnico encomendado pelo Ministério da Saúde, com objetivo de medir o grau de aceitação dos medicamentos genéricos pelos consumidores, indicou que 95% dos entrevistados já ouviram falar desses produtos.

Apesar disso, somente 71% deles consegue realmente distinguir a embalagem de um genérico em relação à de outros produtos similares. Menos da metade dos entrevistados, no entanto, (48%) solicitam esses medicamentos na hora da compra. Um dos grandes problemas identificados por meio da pesquisa nacional foi a falta de determinados genéricos nas drogarias.

O estudo foi solicitado ao Instituto de Pesquisa Uniemp e realizado durante os meses de novembro e dezembro de 2001, quando foram efetuadas 2.220 entrevistas entre pessoas na faixa etária de 16 a 74 anos, de ambos os sexos, dos mais diversos níveis sociais e residentes de 236 municípios brasileiros.

Outro ponto detectado pelo Ministério da Saúde é a desconfiança existente ainda por parte de médicos e da população. Os profissionais ainda prescrevem pouco os genéricos. Aproximadamente 80% das receitas pesquisadas nas drogarias apresentavam prescrições, exclusivamente, com medicamentos de referência, indicando apenas nome comercial. Nos poucos casos em que o medicamento é prescrito exclusivamente pela denominação genérica, o consumidor leva esse tipo de produto para casa em 84% das vezes.

Normalmente, os funcionários das drogarias, segundo informações coletadas pelos consumidores, não informam sobre a existência de genéricos no estabelecimento. Somente 8% dos entrevistados disseram que balconistas e farmacêuticos ofereceram espontaneamente os genéricos quando não estavam constando nas receitas.

Os medicamentos genéricos surgiram há dois anos no Brasil. Há atualmente, aproximadamente 515 produtos registrados com essa denominação. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), deste total, 305 foram autorizados para comercialização. Os genéricos cobrem mais de 60% das necessidades de prescrição médica no País, inclusive doenças de grande prevalência como hipertensão, problemas cardíacos e diabetes. Existem cerca de 20 fabricantes de genéricos que atuam no mercado nacional.

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