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Poluição atmosférica aumenta risco de asma em crianças esportistas

Belo Horizonte, 14 de Fevereiro de 2002 (Bibliomed). A prática de esportes ao ar livre em dias com alto índice de poluição atmosférica pode triplicar o risco de desenvolvimento da asma.

O poluente apontado como causador deste aumento de risco é o ozônio, que nada mais é que uma molécula de oxigênio alterada. Ele é importante em camadas superiores da atmosfera, como protetor contra os raios solares nocivos. Em camadas mais inferiores, porém, é um poderoso irritante das vias aéreas. A conclusão vem de um estudo feito em Los Angeles, Califórnia.

Os pesquisadores não chegam a contra-indicar as práticas esportivas por isto, pois seus benefícios tanto na infância quanto na idade adulta são inegáveis. Porém, eles sugerem que uma boa saída seria evitar esportes vigorosos em dias de poluição atmosférica maior. Esta medida já é tomada no sul da Califórnia, e os boletins diários sobre qualidade do ar servem como orientação para a prática de esportes nas escolas.

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, caracterizada por episódios repetidos de tosse seca, chieira e falta de ar. A gravidade da doença varia de leve, com episódios ocasionais e facilmente controláveis, a muito grave, com episódios freqüentes ou quase constantes, com necessidade freqüente de hospitalização e mesmo internação em CTI. Seu controle depende de redução de irritantes ambientais, uso de broncodilatadores e antiinflamatórios. É uma doença com múltiplas causas, resultando da interação de fatores ambientais e predisposição genética.

Existem ainda poucas evidências de que a convivência crônica com a poluição das cidades seja capaz de causar novos casos de asma. É sabido que a poluição é capaz de exacerbar asma em pessoas que já possuem a doença. Este estudo mostra evidências de que o alto teor de ozônio no ar está envolvido no surgimento de novos casos de asma em crianças que se exercitam muito ao ar livre. Outros poluentes, como o óxido de nitrogênio, ácido no ar e partículas de poeira não se mostraram capazes de aumentar o risco de asma entre estudantes atletas.

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