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Ferimentos em pessoas expostas ao estresse demoram mais a cicatrizar

Belo Horizonte, 13 de Novembro de 2001 (Bibliomed). Um ferimento na pele, às vezes, demora dias para cicatrizar. Outras vezes, desaparece com mais facilidade. Pesquisadores da Universidade de Ohio, Estados Unidos, finalizaram um estudo sobre a relação entre infecções em ferimentos e estresse. Segundo os cientistas norte-americanos, situações de tensão excessiva podem facilitar a ocorrência de infecções em feridas da pele.

O estudo, publicado na revista “Brain, Behavior and Immunity”, foi desenvolvido em cobaias. Os pesquisadores provocaram ferimentos cutâneos em ratos e os submeteram a situações estressantes constantemente. Feridas também foram provocadas em outro grupo de ratos da mesma espécie, que não foi exposto ao estresse. Em seguida, colocaram nas feridas bactérias do tipo Streptococcus.

O próximo passo foi medir a rapidez de cicatrização da pele dos dois grupos. Os ratos estressados tiveram um atraso de 30% no período de cicatrização, o que correspondeu a cerca de três a cinco dias, comparado às cobaias que não foram submetidas ao estresse.

Outra avaliação que comprova a relação entre estresse e infecção em ferimentos foi a quantificação das bactérias oportunistas na região machucada da pele. Após um período de cinco dias, os ratos estressados tiveram 100 mil vezes mais bactérias oportunistas que o outro grupo.

Os pesquisadores ressaltaram que o estresse alterou o equilíbrio do organismo. Estudos anteriores com seres humanos também demonstraram que o estresse pode interferir no sistema imunológico ao reduzir a concentração das proteínas, que atuam na cura de processos infecciosos.

Em outra pesquisa, exames feitos em feridas nos braços de mulheres indicaram uma relação inversamente proporcional entre os níveis de hormônio relacionado com o estresse, e de compostos liberados durante o processo de cicatrização.

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