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Brasil não cumpre metas do Unicef

Belo Horizonte, 21 de Agosto de 2001 (Bibliomed). O Brasil não conseguiu cumprir todas as 23 metas assumidas com o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância e Adolescência). As 23 metas foram estipuladas em 1990, no Encontro Mundial de Cúpula pela Criança, realizado em Nova York.

O Brasil só cumpriu 15 dessas metas e, entre as não cumpridas estão a redução pela metade do índice de desnutrição em crianças com até cinco anos de idade, a queda de um terço nas taxas de mortalidade infantil e na infância e o acesso de todas as gestantes a cuidados pré-natais.

Apesar de não ter atingido a maioria das metas, o relatório que será apresentado na próxima reunião da Unicef com diversos países, também em Nova York, no período de 19 a 21 de setembro, aponta que elas foram parcialmente alcançadas já que, em todas, os indicadores melhoraram.

Quanto à mortalidade infantil, a meta era a queda de um terço em relação às estatísticas de 1990, quando havia o registro de 47,8 mortes por mil habitantes. O dado mais recente, de 1999, mostra que a taxa foi de 34, 6, o que corresponde a uma redução de 27,6%.

A última medição da desnutrição infantil é de 1996. A altura de 10,5% das crianças com até cinco anos não era condizente com sua idade. A meta do País era fechar a década com 7,75%. Para o Unicef, neste caso, o Brasil não fez o acompanhamento necessário.

O relatório preparado pelo governo brasileiro aponta também que apenas quatro metas foram alcançadas por quase todos os países, como é o caso da erradicação da poliomielite. Segundo o texto, houve progresso extraordinário em mais de 175 nações que se livraram da doença.

Os pontos que o relatório considera preocupantes e que necessitam de trabalhos urgentes são a redução da mortalidade materna, cujas estatísticas variam muito, e questões referentes ao atendimento pré-natal e à contracepção.

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