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Medicamento para esclerose múltipla será reembolsado pelo SUS

São Paulo, 26 de abril de 2001 (eHealthLA). O Copaxone®, primeiro medicamento especificamente desenvolvido para tratamento de esclerose múltipla, será reembolsado pelo Ministério da Saúde e está à disposição dos pacientes, gratuitamente, por meio do SUS – Sistema Único de Saúde.

A portaria foi publicada pelo Diário Oficial da União este mês. Segundo o Dr. Charles Peter Tilbery, médico-coordenador do Caten – Centro de Tratamento de Esclerose Múltipla da Santa Casa de São Paulo, esta é uma boa notícia para os pacientes, pois a doença é crônica, de alta complexidade, e exige medicação pelo resto da vida. “O custo mensal para o portador da esclerose múltipla com o medicamento chega, em média, a R$ 2.700,00”, avalia médico.

Segundo dados da Associação de Pacientes com Esclerose Múltipla, a entidade já intermediou cerca de 200 casos de pacientes que entraram na justiça para obter medicamentos para todo o tratamento da doença.

Tradicionalmente, a doença era tratada por meio dos interferons beta. Com a evolução das pesquisas, o acetato de glatirâmer (Copaxone) vem ganhando a adesão dos pacientes por apresentar um grau de tolerância muito bom.

A doença

A esclerose múltipla é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, que pode assumir formas relativamente benignas ou levar, em alguns casos, à incapacidade total. Seu alvo é a mielina, substância que recobre e isola as fibras nervosas dos impulsos do cérebro, do nervo óptico e da medula espinhal. Constituída por proteínas e gorduras, a mielina é fundamental na condução de mensagens no cérebro, responsável pelo controle de todos os movimentos.

A maioria dos pacientes acusa os primeiros sintomas entre 20 e 40 anos de idade e muito deles não sabem que estão doentes. No estágio inicial, efeitos sobre o sistema nervoso central provocam alterações temporárias da visão. À medida que a esclerose avança, podem ocorrer fraqueza muscular, perda de equilíbrio e de coordenação motora.

Em vários casos, ocorre paralisia total ou parcial. Após 10 anos do início dos sintomas, 50% dos pacientes estão inaptos para fazer atividades profissionais e caseiras. Por falta de esclarecimento, muitas vezes, a doença é confundida com estresse, depressão e cansaço.

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