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BRASIL: Bruxismo Pode Ser Explicação Para Dor-De-Cabeça

São Paulo, 28 de Fevereiro de 2001(eHealthLA). A palavra bruxismo deriva do grego “bruchein”, que significa apertamento, fricção ou atrito dos dentes entre si, sem finalidade funcional e involuntariamente. Isso nada mais é do que o ranger involuntário dos dentes no meio do sono.

De dia, pode haver apenas um apertamento destes. Os sintomas mais comuns são desgaste nos dentes, dores de cabeça e nos músculos da face ou na articulação temporomandibular, localizada à frente do ouvido. Segundo a cirurgiã-dentista Heloísa Coelho, especialista em odonto-psicologia na França e nos Estados Unidos, 80% dos casos de dores de cabeça melhoram ou até mesmo acabam através do tratamento do bruxismo.

“A cefaléia é um dos sintomas mais comuns dos bruxistas”, diz a especialista. Segundo ela, os pacientes relatam uma dor constante, que pode durar várias horas ou até dias, podendo iniciar tanto quando a pessoa desperta do sono como mais tarde, durante o dia.

“O normal dos contatos entre os dentes é de quatro a 10 minutos durante o dia, contando a mastigação. Quem tem bruxismo passa até quatro horas apertando os dentes. Isto sem falar na pesada força aplicada neste movimento”, ressalta.

Esta hiperatividade pode causar problemas na musculatura. “Pelo excesso de aplicação de força, o sangue não circula bem na face, não há uma oxigenação adequada do sangue na região de tensão muscular. Acredita-se que isto é que vai levar à dor de cabeça”.

Estresse - A Causa Mais Evidente

O organismo humano reage ao estresse de maneiras diferentes, mas, de modo geral, há o desenvolvimento da hiperatividade muscular. A tensão emocional pode aumentar as crises ou desencadeá-las. Fatores psicológicos e estresse constante podem levar ao bruxismo crônico, não curável, mas que pode ser tratado. "Quando a pessoa conhece os seus problemas, fica mais fácil resolvê-los", acredita Heloísa.

Por enquanto, o bruxismo permanece como uma incógnita entre os especialistas. Pesquisas recentes relacionam a dopamina (um neurotransmissor - substância que é secretada pelas terminações nervosas de neurônios e que é usada para comunicação entre as células) ao problema, mas ainda não há nada conclusivo.

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