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Vacina contra a dengue está longe de existir, diz especialista

02 de Dezembro de 2002 (Bibliomed). Uma vacina contra a dengue – doença que infecta mais de 50 milhões de pessoas por ano em 100 países de clima tropical e subtropical – ainda está muito longe de chegar ao mercado, afirmou um especialista norte-americano. “Para que uma vacina seja aprovada, ela deve ser testada em milhares de pessoas. Nosso plano de desenvolvimento do produto é de oito anos”, disse David Vaughn, do Instituto de Pesquisa Científica do Exército dos Estados Unidos, durante um congresso sobre vacinas, realizado na última semana pela Organização Pan-Americana de Saúde, em Washington. Segundo Vaughn, os esforços para criar uma vacina já duram quase um século, e a falta de financiamento atraiu poucos especialistas para a pesquisa.

Com base no número de mortes decorrentes da doença, nas horas de trabalho perdidas e nos gastos médicos, a Organização Pan-Americana de Saúde classificou o impacto da dengue como “tremendo”. No Brasil, entre janeiro e setembro deste ano foram registrados cerca de 740 mil casos da doença e 134 mortes, a maioria deles no Rio de Janeiro, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Para evitar uma nova epidemia de dengue, o governo tem investido na conscientização da população, que precisa acabar com os focos de água parada, onde o mosquito Aedes aegypti se reproduz. No dia 23 de novembro, por exemplo, milhares de pessoas se mobilizaram em todo o país durante o Dia D de Combate à Dengue.

Os sintomas da doença se parecem com os de uma gripe e são marcados por febre alta, dores de cabeça e nos músculos. Uma em cada 10 pessoas que contraem a enfermidade, principalmente sua variante mais letal, a hemorrágica, pode morrer caso não receba tratamento a tempo. Cuidados adequados reduzem a taxa de mortalidade para menos de 1%.

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