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Secretário Nomeado por Bush Vai Rever Uso de Pílula Abortiva

23 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). O secretário escolhido pelo presidente eleito dos EUA, George W. Bush, para chefiar os Serviços de Saúde e Humanos, Tommy Thompson, disse aos senadores na sexta-feira que vai revisar a decisão tomada no ano passado que permite a venda da pílula abortiva RU-486, alegando preocupações sobre sua segurança.

A Food and Drug Administration (FDA), agência norte-americana reguladora de drogas e alimentos, que Thompson irá supervisar caso seja confirmado pelo Senado, aprovou a pílula em setembro em uma mudança chamada por grupos de direitos de aborto como o "início de uma nova era" que pode aumentar a privacidade das mulheres e dar mais acesso ao aborto.

Os críticos temiam que a aprovação da RU-486 fosse levar a mais abortos e alertaram sobre possíveis riscos à saúde.

Durante a campanha presidencial, Bush disse que não iria tentar derrubar a aprovação federal da pílula, conhecida como RU-486 ou mifepristona. Mas o secretário de Serviços de Saúde e Humanos escolhido por Bush expressou preocupação em relação à segurança da pílula e prometeu revisar seu uso.

"Não pretendo mudar nada a menos que se prove sua falta de segurança", disse Thompson ao Comitê de Saúde e Educação do Senado, em resposta a perguntas da primeira-dama e senadora Hillary Clinton.

"Essa é uma droga nova. Ela é controversa. E entendo que as preocupações de segurança são algo em questão. E acredito que é meu papel revisar as preocupações de segurança para as mulheres dos Estados Unidos em relação a essa droga (e) todas as drogas", acrescentou Thompson que, como Bush, é contra o aborto.

De acordo com o regime aprovado pela FDA, a mifepristona é dada nos 49 dias após o último período menstrual da mulher, seguida pelo uso do misoprostol, uma droga que causa contrações uterinas, dois dias depois.

Após duas semanas, as mulheres precisam retornar ao consultório médico para um exame que verifica se a gravidez foi interrompida. A combinação de drogas é eficaz em aproximadamente 95 por cento dos casos sem cirurgia.

Bush não aprovou a decisão do ano passado, mas não disse que iria proibir a pílula caso fosse eleito. Seu pai, George Bush, proibiu a importação da pílula em 1989, quando era presidente dos Estados Unidos.

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