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Reposição Hormonal Traz Benefícios e Riscos

NOVA YORK (Reuters Health) - Mulheres que fazem reposição hormonal (HTR, sigla para hormone therapy replacement) são 40 por cento menos propensas a ter um ataque do coração do que as mulheres que não tomam hormônios, de acordo com um novo estudo.

Entretanto, algumas destas mulheres, especificamente as que tomam uma combinação de estrogênio e progestina, tiveram um aumento no risco de derrame.

A HRT, um fator de preservação da densidade óssea após a menopausa, e outras pesquisas apóiam a idéia de que ela pode reduzir o risco de mulheres mais velhas desenvolverem problemas cardíacos.

No novo estudo, uma equipe de pesquisadores acompanhou 70.533 enfermeiras na pós-menopausa durante 20 anos. As enfermeiras, que não tinham histórico de doença do coração, responderam a perguntas sobre o uso de hormônio.

"O uso de hormônios na pós-menopausa pareceu reduzir o risco para a maioria das complicações cardíacas em mulheres que já tinham problemas cardíacos", avaliou a equipe de Francine Grodstein, do Channing Laboratory, em Boston (Massachusetts).

"Além disso, 0,3 mg diários de estrogênio oral conjugado foi associado a uma redução semelhante à observada com a dose-padrão de 0,625 mg. O estrogênio, em doses diárias de 0,625 mg ou maiores e em combinação com a progestina, poderia aumentar o risco de derrame", acrescentaram os pesquisadores.

Os resultados do estudo foram publicados na edição de 19 de dezembro do Annals of Internal Medicine.

Os pesquisadores observam que o estudo pode não ser representativo da população em geral, já que as mulheres estudadas eram todas enfermeiras e tinham acesso maior a informação sobre saúde.

"Uma mulher que pensa em fazer reposição hormonal, deveria ter objetivos bem claros", disse Deborah Grady da Universidade da Califórnia, em São Francisco, em entrevista à Reuters Health.

Há apenas dois objetivos, com boas evidências científicas, em que o tratamento de reposição hormonal é efetivo, explicou Grady. São mulheres com sintomas de menopausa e as com alto risco de fratura óssea, disse a pesquisadora.

"Não existe evidência convincente para o uso da reposição hormonal como medida preventiva para doenças do coração", acrescentou a pesquisadora.

O editorial que acompanha o estudo foi escrito por Grady e Stephem B. Hulley.

Sinopse preparada por Reuters Health

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