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12 de abril de 2010 (Bibliomed). A terapia de reposição hormonal pode reduzir consideravelmente os riscos de a mulher desenvolver câncer de cólon - ou no intestino grosso -, segundo novo estudo da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. De acordo com os autores, milhões de mulheres pararam de usar a terapia - que é utilizada para reduzir os sintomas da menopausa - quando uma grande pesquisa indicou que ela poderia aumentar os riscos de derrame, doenças cardíacas e câncer de mama. Porém essa mesma pesquisa mostrou benefícios contra o câncer de cólon, que foram confirmados pelo novo estudo.
Comparando os dados de 443 mulheres diagnosticadas com câncer de intestino grosso com informações de 405 mulheres saudáveis - média de 63 anos de idade -, os pesquisadores descobriram que aquelas que já haviam utilizado a terapia de reposição hormonal tinham metade do risco de desenvolver tumores no cólon, comparadas àquelas que nunca fizeram reposição hormonal. E o uso de anticoncepcionais não teria os mesmos efeitos.
Os resultados indicaram, ainda, que, quanto mais tempo as mulheres faziam uso da reposição hormonal, menor o risco de desenvolverem o câncer. Aquelas que usavam hormônios por menos de quatro anos tinham uma redução de um quarto no risco; o uso de quatro a oito anos reduzia os riscos em um terço; de nove a 14 anos diminuía as chances de ter a doença pela metade; e mais de 15 anos de terapia foi associado a uma redução de dois terços nos riscos de câncer de cólon.
De acordo com os autores, a reposição hormonal de longo prazo não é mais recomendada para mulheres que já passaram pela menopausa, embora ainda seja indicado o uso em curto prazo para ajudar as mulheres com sintomas como as ondas de calor. Os especialistas destacam, ainda, que o declínio nas taxas de câncer de cólon nos últimos anos pode ser associado ao uso generalizado da reposição hormonal. Porém, “mais estudos são necessários para determinar se os efeitos protetores da TRH persistem após as mulheres pararem de tomar hormônios”, ou se pode haver “um efeito de recuperação”, com maior desenvolvimento de pólipos pré-cancerígenos após o fim da terapia.
Fonte: American Journal of Gastroenterology. 30 de março de 2010.
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