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Reposição hormonal pode melhorar sono e sexualidade na menopausa, diz estudo

26 de agosto de 2008 (Bibliomed). A terapia de reposição hormonal pode melhorar o sono, a vida sexual e as dores articulares em mulheres na menopausa, segundo estudo da Universidade de Adelaide, na Austrália. Porém, especialistas destacam que esses benefícios devem ser analisados junto aos riscos que representam a terapia.

No novo estudo, os pesquisadores avaliaram os efeitos da reposição hormonal em mulheres com idades entre 50 e 69 anos em relação a uma série de indicadores de saúde e bem estar. Foram analisados parâmetros clínicos para doença cardiovascular, fraturas e incidência de câncer de mama, além de relatos das pacientes sobre humor, memória, concentração, problemas de sono e função sexual.

Após um ano, os pesquisadores observaram melhoras significativas na função sexual (incluindo menos ressecamento vaginal), nos padrões de sono, em dores articulares e musculares, e em sintomas vasomotores, como as ondas de calor e suor excessivo. “A terapia de reposição hormonal combinada melhora o sono, dores e a função sexual”, escreveram os autores.

Os resultados, porém, não mostraram melhoras gerais na qualidade de vida e depressão. “Na verdade, o estudo descobriu que a qualidade de vida era menor entre nas mulheres que tomavam a terapia hormonal, nos primeiros meses do início do tratamento”.

Além disso, outros especialistas alertam para os riscos da reposição hormonal. “O aumento do risco de doenças graves, incluindo câncer de mama, doença cardíaca coronariana e coágulos sangüíneos, com o uso da combinação de estrogênio e progesterona é agora bem estabelecido”, disse a professora Anne Kavanagh, diretora do Key Centre for Women's Health in Society, na Austrália.

Por isso, mais pesquisas são necessárias avaliando os impactos da terapia em todos os aspectos da saúde e qualidade de vida das mulheres na menopausa. E os especialistas recomendam a discussão, com um médico, dos benefícios e malefícios da terapia antes de optar pela reposição hormonal.

Fonte: British Medical Journal. 21 de agosto de 2008.

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