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Droga se mostra promissora no tratamento do câncer ovariano

NEW ORLEANS, (Reuters Health) – O estudo apresentado aqui, mostra que uma forma encapsulada da droga doxorubicin foi mais bem tolerada do que o tratamento com topotecan normalmente usado em pacientes que tiveram recidiva de câncer ovariano.

O estudo de 474 pacientes foi apresentado a 36ª Reunião Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica pelo Dr. Alan Gordon e colegas do Centro Sammons de Câncer da Universidade de Baylor no Texas.

Com esta forma de doxorubicin, " você tem outra droga que é extremamente bem estudada e é claramente tão eficiente quanto o topotecan", disse Gordon à Reuters Health. " É outra alternativa que você tem para oferecer à paciente ".

Doxorubicin foi aprovado pela FDA para tratar câncer ovariano refratário em junho de 1999. O câncer ovariano será diagnosticado em 23.000 mulheres americanas este ano e causará 14.000 mortes.

Doxorubicin é encapsulado em lipossomas, partículas gordurosas que reduzem a velocidade da difusão da droga no corpo. Por causa disto, teoricamente, deveria ter menos efeitos colaterais sistêmicos que doxorubicin convencional e, potencialmente, outras formas de quimioterapia.

Neste estudo, ele suprimiu menos as células brancas, as células vermelhas e as contagens de plaquetas do que o topotecan. E o doxorubicin teve um esquema de administração um pouco mais fácil. Pacientes que usavam doxorubicin recebiam a infusão por 1 hora a cada 4 semanas, enquanto as pacientes em uso de topotecan receberam uma dose diária durante 5 dias a cada 3 semanas.

Só 12% de pacientes de doxorubicin tiveram uma contagem de células brancas significativamente diminuída, comparadas com 77% das pacientes do topotecan. Anemia e baixas contagens de plaquetas também eram significativas naquelas em uso de topotecan. As pacientes em uso de doxorubicin não tiveram nenhuma infecção potencialmente fatal, enquanto três pacientes em uso de topotecan morreram de sepsis.

Porém, quase 50% de pacientes que usavam doxorubicin desenvolveram uma complicação de pele palmo-plantar. Quarenta por cento tiveram feridas na boca comparadas com apenas 15% das em uso de topotecan.

As duas drogas tiveram eficácia semelhante. Pacientes em uso de doxorubicin tiveram progressão da doença em uma média de 18.4 semanas comparadas com 18.3 semanas para as que receberam topotecan. Em geral, pacientes que tomaram ambas as drogas viveram uma média de 50 semanas.

Sinopse preparada por Reuters Health

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