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Brasil: País Possui Poucos Centros para Tratamento da Dor

São Paulo, 6 de Dezembro de 2000(eHLA). A dor é definida pela Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) como "uma experiência sensorial ou emocional desagradável a qual primariamente associamos a lesão tecidual ou como tal a descrevemos, ou ambas". No Brasil, existe atualmente pouco mais de 40 serviços médicos voltados para o tratamento da dor e registrados pela Sociedade Brasileira de Estudo da Dor. Na Inglaterra, por exemplo, existem 471 clínicas voltadas somente para portadores de câncer. Nos Estados Unidos o número ultrapassa dois mil.

A central da Dor e Estereotaxia integra a complexidade do estudo multidisciplinar e multiprofissional da dor do Hospital do Câncer em São Paulo. “O sofrimento e a dor crônica que passam a gerar estresse físico e emocional com a incapacidade laborativa, alteração do sono, do apetite, da vida afetiva e do humor podem se desencadear desde a investigação ao tratamento oncológico”, explica José Oswaldo de Oliveira Jr., oncologista da central da dor.

“A avaliação do quadro doloroso indica o grau global dos fatores que interferem na vivência, expressão e funcionalidade do indivíduo. O padrão, a qualidade, a freqüência, a duração e a modalidade da dor possibilitam um inventário do quadro de cada paciente”, diz Oliveira. Segundo ele, a terapêutica para amenizar a dor deve ser instituída imediatamente após as primeiras manifestações dolorosas. A Central da Dor e Estereotaxia do Hospital do Câncer atendeu entre janeiro de 1991 e janeiro de 1996 um total de 6.726 pacientes com diversos quadros de dor.

Pernambuco

O Ambulatório da Dor do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) atende uma vez por semana. O serviço funciona pela manhã, toda quinta-feira, em duas salas do andar térreo. Para ter acesso, é preciso passar pela triagem do Serviço de Pronto-Atendimento (SPA) do HC, que recebe pacientes diariamente, ou, apresentar guia de encaminhamento de outra unidade do Sistema Único de Saúde. Segundo a coordenadora do ambulatório, Maria Ângela de Lima, o serviço é destinado a doentes de câncer, pessoas que sofrem de enxaqueca, dores de coluna, Lesões por Esforço Repetitivo (LER), cólicas menstruais, entre outras dificuldades.

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