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Reposição Hormonal Pode Proteger Contra Lesão de Derrame

Por Amy Norton

SÃO FRANCISCO (Reuters Health) - Mulheres sob terapia de reposição hormonal podem estar menos propensas a sofrer danos mentais de longo prazo após derrame, sugere uma nova pesquisa.

Cientistas reconhecem que a terapia de reposição hormonal protege a densidade óssea após a menopausa e pesquisas demonstram que ela pode reduzir o risco de doenças cardíacas em mulheres mais velhas.

Outra evidência -- embora menos clara -- sugere que a reposição hormonal previne o derrame e pode preservar a memória e outras capacidades mentais que se deterioram com a idade.

Agora, resultados de um estudo com 137 mulheres sugerem que a terapia de reposição hormonal diminui os danos que um derrame pode provocar ao funcionamento mental de uma pessoa.

Entre mulheres que sofreram derrame pela primeira vez, as participantes que estavam recebendo reposição hormonal antes do derrame -- que correspondiam a 17 por cento do total -- apresentaram resultados melhores em testes de funcionamento mental do que outras mulheres.

O efeito protetor da terapia de reposição hormonal foi mantido, apesar da idade, da raça, do fumo ou de outros fatores que afetam o risco de derrame.

De acordo com Robert Harmuth, do Hospital Siskin para Reabilitação Física, em Chattanooga, Tennessee, esta pesquisa fornece mais evidência de que a reposição hormonal beneficia a maioria das mulheres na pós-menopausa.

O pesquisador apresentou suas descobertas durante o encontro anual da American Academy of Physical Medicine and Rehabilitation (Academia Americana de Medicina Física e Reabilitação). Harmuth disse que não se sabe ainda porque a terapia de reposição hormonal pode afetar a capacidade mental após derrame.

O pesquisador destacou, no entanto, que estudos têm sugerido que o estrogênio protege a memória e outras capacidades cognitivas.

Nesse estudo, mulheres que foram submetidas a remoção de útero antes de sofrerem derrame também se saíram melhor em testes mentais. Harmuth afirmou que estas mulheres estavam mais propensas a receber somente estrogênio, em vez de uma combinação de estrogênio e progestina.

Harmuth destacou que essas pacientes também correspondiam a uma "alta porcentagem" daquelas sob terapia de reposição hormonal. O pesquisador disse que o número reduzido de pacientes que estavam sob reposição hormonal era "surpreendente".

Atualmente, Harmuth está estudando se o estrogênio sozinho ou o estrogênio em combinação à progestina protege mulheres de sofrer um segundo derrame.

Sinopse preparada por Reuters Health

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