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Médicos Brasileiros Criam Prontuário Eletrônico

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os médicos brasileiros já dispõem de um software nacional para uso em consultório. O Prontuário Eletrônico Osller é um programa desenvolvido por profissionais da área de saúde no Rio, que possui um banco de dados sobre sintomas, nomes de remédios genéricos e princípios ativos.

O trabalho foi apresentado aos médicos durante o 2º. Congresso de Clínica Médica do Estado do Rio de Janeiro, realizado entre 19 e 21 de Outubro.

Conforme os criadores do programa, que já está na versão 2.20, o Prontuário Eletrônico é uma ferramenta eficiente para armazenar o histórico do paciente, além de oferecer um banco de dados com informações sobre nomes genéricos e apresentação de medicamentos, sinais e sintomas das doenças.

"O programa tem um caráter educativo pois os médicos aprendem os nomes dos princípios ativos e ampliam o conhecimentos sobre o quadro de sintomas", explica Maurício Hissa, clínico e membro da Câmara de Informática do Conselho Regional de Medicina (CRM) do Rio de Janeiro e integrante da equipe que desenvolveu o software.

O Prontuário Eletrônico Osller já é usado desde agosto de 1999 pelos 12 médicos do Serviço de Clínica Médica Abdon Hissa, da Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, onde o programa foi desenvolvido.

O serviço também está testando uma versão para ser aplicada em internações hospitalares. Além da ficha com os dados pessoais e de saúde dos pacientes, o programa oferece campos para histórico e consultas, medicamentos utilizados, pedido de exames e receituários. A maior parte dos campos pode ser preenchida com o mouse, dispensando a necessidade de digitação durante a consulta.

"O prontuário eletrônico evita o erro e o médico não perde tempo preenchendo fichas, tendo mais tempo para o principal que é examinar e ouvir o paciente", diz Hissa.

Segundo a equipe, o paciente é beneficiado com a aplicação dos avanços tecnológicos ao atendimento médico e com o aumento da clareza nos pedidos de exame e nas receitas que, em vez de serem manuscritas, passam a ser impressas. "Acabam-se os hieróglifos", resume Hissa.

O programa pode ser adquirido no site http://www.osller.com.

Sinopse preparada por Reuters Health

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