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Tempo de consulta não é suficiente para atender os pacientes

01 de setembro de 2022 (Bibliomed). Muitos pacientes não recebem cuidados preventivos, crônicos e agudos recomendados pelas diretrizes. Uma possível explicação é o tempo insuficiente para os prestadores de cuidados primários (PCPs) prestarem cuidados a seus pacientes.

Estudo teve como objetivo quantificar o tempo necessário para fornecer cuidados preventivos, cuidados de doenças crônicas e cuidados agudos em 2020 para um painel de pacientes adultos representativo nacionalmente por um PCP atuando sozinho e por um PCP atuando como parte de um modelo de atendimento baseado em equipe. Tratou-se de um estudo de simulação aplicando diretrizes de cuidados preventivos e de doenças crônicas a painéis de pacientes hipotéticos.

No estudo, foram criados painéis hipotéticos de 2.500 pacientes, representativos da população adulta dos EUA com base na Pesquisa Nacional de Exame de Saúde e Nutrição de 2017–2018. A principal medida foi o tempo médio necessário para que um PCP forneça cuidados preventivos, crônicos e agudos recomendados pelas diretrizes aos painéis de pacientes hipotéticos. Também foram calculadas estimativas para tempo de documentação de visita e tempo de acesso ao prontuário eletrônico. Os tempos foram reestimados no cenário do cuidado em equipe.

Nos resultados, estimou-se que os PCPs gastariam 26,7h/dia, sendo 14,1h/dia para cuidados preventivos, 7,2h/dia para cuidados de doenças crônicas, 2,2h/dia para cuidados agudos e 3,2 h/dia para documentação e gerenciamento do prontuário eletrônico. Com cuidados em equipe, os PCPs gastariam 9,3h por dia (2,0h/dia para cuidados preventivos e 3,6h/dia para cuidados de doenças crônicas, 1,1h/dia para cuidados agudos e 2,6h/dia para documentação e prontuário eletrônico

O estudo concluiu que os profissionais prestadores de cuidados primários não têm tempo suficiente para fornecer os cuidados recomendados pelas diretrizes. Com cuidados em equipe, os requisitos de tempo diminuiriam em mais da metade, mas ainda assim seriam excessivos.

Fonte: Journal of General Internal Medicine (2022). DOI: 10.1007/s11606-022-07707-x.

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