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Relatório Sobre Vaca Louca Critica Governo Britânico Anterior

Por Dominic Evans

LONDRES (Reuters) - Autoridades britânicas enganaram a população durante anos sobre os perigos da carne bovina britânica e o risco da doença da vaca louca (BSE) ser transmitida a humanos, afirmou um relatório oficial divulgado em Londres na quinta-feira.

De acordo com a investigação de dois anos e meio, autoridades e ministros do governo anterior, do Partido Conservador, temendo o pânico entre consumidores e a perda de exportação de carne, insistiu em uma equivocada "campanha de tranquilização".

O primeiro-ministro, Tony Blair, do Partido Trabalhista, disse que pretende estabelecer um esquema de indenização para as vítimas da forma humana da doença da vaca louca, que já matou 70 pessoas.

"A opção preferida do governo será estabelecer um esquema de indenização, resultando em um fundo especial que pode somar milhões de libras", afirmou o ministro da Agricultura, Nick Brown.

Segundo o relatório, uma comissão de civis irá analisar se uma ação de disciplina deve ser tomada em relação ao problema, que arrasou a indústria de carne bovina na Grã-Bretanha e já custou bilhões de libras ao governo para compensar fazendeiros e outras pessoas.

Mais de 70 pessoas já morreram da forma humana da doença da vaca louca, uma variante da doença de Creutzfeldt-Jakob que causa senilidade e uma morte lenta e dolorosa por diversos meses.

O relatório condenou as repetidas garantias do governo que levaram as pessoas a acreditar "não meramente que era seguro consumir a carne, mas que a BSE não era transmissível".

"A impressão dada ao público...foi um fator significante para que o público se sentisse traído quando foi anunciado, em 20 de março de 1996, que era provável que a BSE havia sido transmitida a pessoas", de acordo com o relatório.

O porta-voz da Agricultura, do Partido Conservador, Tim Yeo, disse que lamenta pelo problema da BSE durante o governo de seu partido.

"Gostaria de dizer que sinto muito pelo que aconteceu. E peço desculpas às famílias que sofreram com o problema", disse Yeo.

Sinopse preparada por Reuters Health

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