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Novas Vacinas Serão Criadas para Preservar a Vida Humana

As vacinas vão continuar ocupando no século 21 um lugar de destaque na preservação da vida humana através da prevenção de doenças graves. Algumas delas ainda se constituem perigo para populações localizadas, geralmente, em áreas carentes. O rápido desenvolvimento da ciência, principalmente na genética, permitirá a aplicação delas em várias formas, como sprays e cremes e, também, permitirão a imunização de outros tipos de doenças, como as chamadas vacinas gênicas que poderão combater doenças infecciosas para as quais ainda não existe prevenção. A informação é de Célio Lopes Silva, coordenador de pesquisa do Departamento de Imunologia da Universidade de São Paulo-USP.

A primeira vacina foi utilizada em 1796 por um o médico inglês, Edward Jenner, ao tentar imunizar uma criança contra a varíola. Ele injetou no organismo da criança um pouco de pus da mão de uma mulher que sofria uma infecção conhecida como varíola bovina. A aplicação fez com que o sistema imunológico do garoto fabricasse defesas contra a doença e ele não foi infectado. Hoje, as vacinas previnem 12 doenças, sendo que algumas foram erradicadas, como a varíola. Em fevereiro, nos Estados Unidos, foi criada uma nova vacina para prevenir uma forma mortal de meningite.

Novidades

Durante o congresso Internacional de Doenças Infecciosas ocorrido no início do ano, em Buenos Aires, novidades foram conhecidas: uma vacina em forma de spray nasal para prevenir a gripe, além de por via oral, em breve será utilizada normalmente. O objetivo atual da ciência é prevenir um número maior de enfermidades com menos doses. A vacina quíntupla é a mais eficiente, pois imuniza contra o tétano, a difteria, a coqueluche, o Haemnophilus influenza e a poliomielite. Em pouco tempo, vão se juntar à mesma dose a vacina contra as hepatite A e B.

O Brasil apresenta uma situação muito boa nessa área, desenvolvendo, especialmente através da genética, pesquisas de vanguarda. Por outro lado, instituições estão crescendo. A Bio-Manguinhos que produz 60 milhões de doses/ano, ou 60% da produção nacional, atendendo a 23% da demanda no país, neste ano terá um crescimento de 100% por conta da operacionalização do novo Complexo Tecnológico e dos acordos tecnológicos em negociação.

Opção Econômica

Durante o congresso internacional, todos foram unânimes em afirmar que o uso de vacinas não é somente uma decisão com objetivos sanitários, mas também uma opção econômica. Roberto Debbarg, chefe do Serviço de Infectologia do Hospital Nacional de Pediatria de Buenos Aires, ressalta que "hoje sabemos que por cada dólar que se investe na vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) se economizam 15 dólares de custos da doença; na varicela a economia é de quatro dólares e na hepatite A estima-se que a cifra seja de 5,8 dólares”.

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