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OMS Faz Apelo por Combate de Doenças Relacionadas à Pobreza

ZURIQUE (Reuters) - A Organização Mundial de Saúde (OMS) fez um apelo na terça-feira por um esforço global para combater doenças, como Aids e malária, que estão matando milhões de pessoas em países em desenvolvimento.

A menos que seja organizado um movimento amplo para combater doenças relacionadas à pobreza, o mundo vai pagar um preço muito alto, com vidas e potencial econômico perdidos, afirmou a diretora-geral da OMS, Gro Harlem Brundtland, na abertura de uma conferência sobre o assunto, na Suíça.

"Algumas doenças principais -- como malária, HIV/Aids, tuberculose -- que vitimam crianças e condições de saúde reprodutiva estão atingindo diretamente o crescimento econômico de países pobres", disse Brundtland.

"Há um reconhecimento crescente da dificuldade enfrentada por países em desenvolvimento para controlar essas ameaças à saúde", disse Brundtland.

A diretora da OMS acrescentou que já há recursos eficazes para combater essas doenças, mas eles precisam ser empregados em escala global se o mundo quiser reduzir a pobreza.

Brundtland citou dados de 31 países africanos, demonstrando que a malária reduziu cerca de 1,3 por cento do crescimento econômico anual de 1980 a 1995.

Ela acrescentou que, quando oito por cento da população contrai o HIV, vírus causador da Aids, -- caso de 21 países da África --, o crescimento per capita cai 0,4 por cento ao ano.

A OMS estima que, para combater a malária com eficácia, é necessário 1 bilhão de dólares por ano. Isso provocaria um aumento do crescimento econômico combinado na África sub-saariana em US$ 12 bilhões.

Outros 2,5 bilhões de dólares ao ano seriam necessários para programas de prevenção de Aids.

A conferência na Suíça reunirá cerca de 200 especialistas em saúde, representantes de organizações de saúde e relações públicas de 70 países para discutir como lançar um movimento global para combater doenças relacionadas à pobreza.

Sinopse preparada por Reuters Health

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