Notícias de saúde
Por Patricia Reaney
LONDRES (Reuters) - O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela participou dos eventos do Dia Mundial da Aids na sexta-feira, com um apelo apaixonado para que as pessoas usem preservativos e desestigmatizem o HIV e a Aids. Sua mensagem reverberou mundo afora.
Nenhum confim do mundo está livre da doença que vem sendo descrita como a mais catastrófica crise de saúde na nossa era.
Com 36,1 milhões vivendo com o vírus e estimados 5,3 milhões de novas infecções só no ano passado, o apelo de Mandela pelo sexo seguro, abertura e compaixão carrega uma mensagem universal.
"Seja fiel a um parceiro e use um preservativo... Vamos tomar medidas de prevenção. Dê amor, riso e paz a uma criança, não Aids", disse ele.
A África do Sul tem uma taxa de Aids crescente. Um em cada dez sul-africanos tem o vírus.
A relutância em falar sobre o HIV, ou mesmo em admitir que é portador, somada à pobreza e à ignorância, estão acelerando a disseminação da doença nos países em desenvolvimento, as regiões mais afetadas pela epidemia.
Em países ricos, o problema é o da indiferença cada vez maior. "Os líderes em todas as esferas que vivem com HIV deveriam ser encorajados, não coagidos, a liderar pelo exemplo e revelar seu estado", disse Mandela.
O tema do 13o Dia Mundial de Combate à Aids é "os homens fazem diferença". "Os homens são a força motriz verdadeira por trás dessa epidemia. Quando se trata de uso de drogas injetáveis, a maioria dos usuários é de homens, mas também em termos de transmissão homossexual e heterossexual, é o comportamento masculino que desempenha o principal papel", disse à Reuters Peter Piot, diretor do Programa das nações Unidas contra a Aids (Unaids).
"Existe uma necessidade de mudanças importantes no tocante ao comportamento sexual masculino", acrescentou.
Sinopse preparada por Reuters Health
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