Artigos de saúde

Doenças da Próstata

© Equipe Editorial Bibliomed

Neste artigo:

- Introdução
- Prostatite
- Hiperplasia prostática benigna
- Tumores malignos

Introdução

A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto. Ela envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual.

A próstata cresce pouco até a puberdade, momento no qual começa a sofrer intensas influências de hormônios masculinos, chegando ao tamanho considerado normal (entre 15 e 20 gramas) quando o homem completa cerca de 20 anos. Como todo órgão, a próstata também pode ser afetada por doenças, sendo as mais comuns a Prostatite, a hiperplasia prostática benigna e os tumores malignos.

Prostatite

Prostatite são processos inflamatórios e infecciosos da próstata bastante comuns. As infecções agudas apresentam sintomas como for perineal, febre e dificuldade de urinar de início abrupto, e devem ser tradadas com antibióticos. Já em casos crônicos, é possível que o paciente apresente dor na região perineal, no abdômen inferior, no pênis ou nos testículos, além de ardor ao urinar e infecções constantes no trato urinário. Nestes pacientes, podem ocorrer infecções ou inflamações da glândula prostática ou ainda alterações na condução nervosa da região perineal, condição conhecida como síndrome da dor pélvica crônica.

Hiperplasia prostática benigna

A hiperplasia prostática benigna é caracterizada pelo crescimento nodular de uma das regiões da próstata, que geralmente ocorre a partir dos 40 anos. Por ocorrer abaixo da bexiga e envolver a uretra, quando ocorre o crescimento da próstata o paciente tende a ter dificuldade na passagem da urina, e, com a estagnação dessa, podem ocorrer infecções e cálculos renais.

As causas da hiperplasia prostática benigna ainda são desconhecidas. Entretanto, acredita-se que vários fatores simultâneos estejam envolvidos, como idade, história familiar, presença de níveis elevados de hormônios masculinos (testosterona) e alterações genéticas.

Os sintomas da Hiperplasia prostática benigna são divididos em dois grupos:

- Obstrutivos: que estão realcionados ao fluxo urinário e envolvem desde jato urinário fraco e intermitente, associado ou não a esforço para urinar, dificuldade ou demora em iniciar a micção e sensação se exvaziamento incompleto da bexiga.

- Irratativos: que estão relacionados com a irritabilidade da bexiga, e podem envolver aumento da frequência urinária (incluindo a noite), presença de sangfue na urina, dor e sensação de queimação ao urinar, e necessidade urgente de urinar.

O tratamento da Hiperplasia prostática benigna pode ser clínico ou cirúrgico, conforme condições clínicas do paciente, tamanho da próstata, danos causados ao aparelho urinário, a gravidade dos sintomas, a presença de complicações relacionadas à hiperplasia prostática benigna e a preferência do indivíduo.

Tumores malignos

O câncer de próstata ocorrem quando tumores se desenvolvem na glândula, e quanto mais avançado é o tumor, mais mutações ocorrem, tornando-o mais agressivos. Isso ocorre porque as células cancerígenas se multiplicam mais rapidamente do que as células da próstata, o que pode fazer com que elas se espalhem pelo corpo, afetando outros órgãos, seja por via linfática (comprometendo os gânglios) ou sanguínea (principalmente os ossos).

Quando diagnosticado em fase inicial, o câncer na próstata pode ser curado com cirurgia ou radioterapia, ou ainda ser neutralizado e estagnado com tratamentos envolvendo o bloqueio da ação da testosterona. Quanto mais avançada é feita a descoberta do câncer, menores são as probabilidades de cura.

O exame periódico do homem com o urologista é extremamente importante porque o câncer da próstata não apresenta sintomas nas fases iniciais. Portanto o diagnóstico precoce e a possibilidade de cura só existem quando se faz exames rotineiros pelo menos uma vez ao ano.

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