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Reposição de testosterona é segura para homens idosos, diz estudo

29 de julho de 2008 (Bibliomed). A terapia de reposição de testosterona em homens de meia idade e idosos, durando um ano ou mais, é segura e não apresenta evidências de aumentar os riscos de doença na próstata, segundo estudo apresentado no Encontro Anual da The Endocrine Society.

A maior preocupação em relação à terapia seria em relação aos riscos de desenvolver câncer de próstata, além da possibilidade de coágulos sangüíneos. Porém, segundo os especialistas, não há evidências de que ela induza a doença, mas, uma vez que o paciente já tenha o câncer, o hormônio estimularia o seu crescimento. Por isso, recomendam um acompanhamento mais cuidadoso para aqueles que fazem a reposição.

Para avaliar a eficácia e segurança do tratamento, os pesquisadores avaliaram 95 homens com idades entre 34 e 69 anos que tinham problemas com a produção de testosterona, apresentando sintomas como disfunção erétil, perda de libido, aumento da gordura e redução da massa muscular.

Os pacientes receberam o hormônio (undecanoato de testosterona) de maneira lenta e da forma injetável para restaurar os níveis no organismo, sem ultrapassar os limites. Alguns foram tratados por 18 meses; outros, por 15 meses; e um terceiro grupo, apenas por um ano. E os especialistas notaram que nenhum dos pacientes apresentou crescimento da próstata ou dos níveis de PSA, antígeno ligado ao crescimento, inflamação e câncer de próstata.

Avaliando os níveis de glóbulos vermelhos dos pacientes, os especialistas observaram que apenas 12 homens tiveram valores acima do normal em algum ponto do tratamento, mas que retornaram ao normal sem intervenções.

Com isso, os autores concluíram que "se homens idosos têm uma deficiência de testosterona, é aceitavelmente seguro tratá-los com testosterona desde que as diretrizes sejam seguidas". Porém, mais estudos são necessários.

Fonte: The Endocrine Society's 90th Annual Meeting. 18 de junho de 2008.

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