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11 de outubro de 2024 (Bibliomed). Esta meta-análise revelou que aumentar a intensidade das intervenções para crianças autistas não está associado a melhores resultados no desenvolvimento infantil. O estudo analisou dados de 144 pesquisa envolvendo 9.038 crianças autistas.
Os profissionais de saúde frequentemente recomendam intervenções intensivas, que variam de 20 a 40 horas por semana, para crianças autistas. No entanto, essa prática carece de suporte robusto na literatura científica. A pesquisa investigou se a quantidade de intervenção, medida por intensidade diária, duração e intensidade cumulativa, estava relacionada a melhorias em qualquer domínio do desenvolvimento.
Os dados foram coletados de uma meta-análise anterior e incluíram estudos que relataram ensaios clínicos randomizados ou quase-experimentais, testando os efeitos de intervenções não farmacológicas em crianças autistas com 8 anos ou menos. Após a análise, não foi encontrada nenhuma associação significativa entre a quantidade de intervenção e os efeitos da intervenção nos diferentes tipos de intervenção.
Segundo os autores do estudo, esses achados sugerem que a intensificação das intervenções não resulta necessariamente em melhores resultados para o desenvolvimento das crianças autistas. Os profissionais de saúde devem considerar a quantidade de intervenção que é apropriada para o desenvolvimento da criança, em vez de simplesmente aumentar a intensidade.
A pesquisa desafia a prática comum de prescrever intervenções intensivas, destacando a necessidade de abordar cada caso de forma individualizada, levando em conta as necessidades específicas da criança e o que é mais adequado para seu desenvolvimento.
Os resultados fornecem uma nova perspectiva para pais e profissionais, incentivando uma abordagem mais personalizada e baseada em evidências no tratamento de crianças autistas. O foco deve ser na qualidade das intervenções e no ajuste às necessidades individuais, em vez de simplesmente aumentar a quantidade de horas de terapia.
Fonte: JAMA Pediatrics. DOI: 10.1001/jamapediatrics.2024.1832.
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