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Raios ultravioleta A podem afetar o DNA

19 de outubro de 2012 (Bibliomed). Os raios ultravioleta A (UVA) podem afetar o DNA de forma direta e indireta. Estudo realizado no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP), teve por objetivo esclarecer os mecanismos pelos quais os raios UVA danificam o material genético das células da pele.

Teiti Yagura, autor do trabalho, explica que as lesões diretas são causadas pela formação de compostos orgânicos que podem acarretar em alterações genéticas nas células que absorvem diretamente os raios UVA. Esses compostos são conhecidos como dímeros de pirimidina ciclobutano (CPD), que são os maiores responsáveis por bloquear a transcrição celular.

Segundo o pesquisador, existem estudos que mostram que essas lesões podem causar mutações que levam ao desenvolvimento do câncer de pele. Já as lesões indiretas dependem da produção de espécies reativas de oxigênio, ou radicais livres, que atuam no DNA, gerando sua degradação.

Ao entrar em contato com componentes celulares denominados cromóforos, o oxigênio presente na pele absorve parte da energia dos raios UVA. Assim, o oxigênio se transforma se transforma em oxigênio singlete, uma molécula altamente reativa e potencialmente nociva ao DNA.

O estudo de Teiti mostra que existe outra forma de produção do oxigênio singlete, na qual a própria estrutura do DNA, ou algo fortemente ligado a ele, poderia estar diretamente envolvido. De acordo com o pesquisador, isso acarreta a possibilidade de que um mecanismo intrínseco à molécula.

Para se proteger desses e de outros possíveis problemas causados pelo sol, Yagura recomenda evitar expor-se à radiação solar e cuidar da alimentação, dando preferência a alimentos ricos em vitamina D, além de usar bloqueadores solares que ofereçam proteção contra raios UVA e não utilizar câmaras de bronzeamento artificial.

Fonte: Agência USP, 16 de outubro de 2012

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