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Exercícios físicos ajudam no tratamento de jogadores compulsivos

06 de março de 2012 (Bibliomed). Muito se fala dos benefícios da atividade física para saúde física e mental. Agora, pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) descobriram que a prática de exercícios físicos reduz a vontade de jogar (fissura) em pacientes diagnosticados como jogadores patológicos.

Segundo a professora de educação física Daniela Lopes, o programa de exercícios aplicado a pacientes em tratamento para a compulsão em jogos ajudou a reduzir significativamente os sintomas de ansiedade e depressão, muito comuns entre os jogadores patológicos.

A pesquisa envolveu 33 pacientes com diagnóstico de jogo patológico, com idade média de 47 anos e que não apresentavam patologia clinica que contra-indicasse a prática de atividade física. Segundo Daniela, a maioria dos participantes fazia uso de medicação, principalmente anti-depressivos e estabilizadores de humor.

Duas vezes por semana, ao longo de dois meses, os pacientes foram reunidos para fazer alongamento de exercícios aeróbicos (caminhadas ou corrida leve) totalizando 50 minutos de atividade física supervisionada. Antes e depois de cada sessão, foram feitas medições da vontade de jogar. “Essa medição também foi feita antes do programa de atividade física começar, e após seu encerramento, por meio de uma tabela com uma escala onde o paciente indicava sua vontade de jogar, para verificar a evolução do nível crônico de fissura”, diz a professora.

Na medição anterior às sessões de exercícios, a vontade de jogar diminuiu de 2,3 para 0,9. Na verificação depois da atividade física, a redução foi de 0,8 para 0,1. “A motivação para os exercícios faz com que o nível de fissura seja baixo, ou seja, o desejo de jogar é menor”, afirma Daniela. “O resultado ainda é mais relevante se for levada em conta a fissura sete dias antes do exercício apontada pelos pacientes, que caiu de 16,2 para 5,9”, finaliza.

Fonte: Agência USP, 2 de março de 2012

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