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Piores resultados são observados em pacientes que sofrem delírios após um derrame cerebral

24 de janeiro de 2012 (Bibliomed). Quadros de delírio se desenvolvem em cerca de 30 por cento dos pacientes hospitalizados logo após um derrame cerebral (acidente vascular cerebral ou AVC) e estão ligados a uma pior evolução, de acordo com novo estudo publicado na revista especializada em Stroke. O delírio é um estado agudo de confusão marcada por desorientação, déficit de atenção, estado mental alterado e com flutuações, e, às vezes, alucinações.

A pesquisa incluiu mais de 2.000 pacientes hospitalizados, de 10 diferentes estudos anteriormente publicados, e que haviam sofrido um derrame devido a uma obstrução dos vasos ou sangramento.

Ao contrário da demência, que é uma doença crônica e com deterioração mental progressiva, o delírio pode ser desencadeado por outros problemas, tais como infecção, abuso de substâncias, alterações metabólicas, insuficiência renal ou cardíaca, ou medicamentos.

Os pesquisadores descobriram que, na maioria dos estudos, de 10 de a 28 por cento dos pacientes internados com AVC agudo apresentavam delírio. E constaram que o risco de morte no hospital ou dentro de um ano após a internação é 4,7 vezes maior para aqueles com delírio.

O delírio pode ocorrer a qualquer momento após o derrame. Quando ocorre na fase aguda - num prazo de sete a 10 dias após um acidente vascular cerebral - pode ser parte da apresentação do curso, mas mais comumente está relacionada a uma complicação, como infecção respiratória ou urinária.

Em geral, pacientes com AVC que evoluem com delírios são mais velhos, têm mais problemas médicos e sofreram derrames maiores - fatores que podem ajudar a explicar os piores resultados.

Fonte: Stroke, publicado online em 19/01/2012.

Relações sexuais podem ser consentidas após um infarto do coração

24 de janeiro de 2012 (Bibliomed). Uma nova declaração científica da Associação Americana do Coração (American Heart Association) esclarece que a atividade sexual para aqueles indivíduos com problemas cardíacos é algo que pode ser consentido. A declaração foi publicada online em 19 de janeiro de 2012 na revista Circulation, e contém conselhos de especialistas em uma variedade de áreas, incluindo doença cardíaca, fisiologia do exercício e aconselhamento sexual.

Os autores alertam que as mulheres devem ser aconselhadas sobre uso de métodos contraceptivos e os possíveis efeitos adversos da gravidez, enquanto os homens devem tomar cuidado com certos medicamentos para disfunção erétil, que não são seguros para todas as doenças cardiovasculares.

Segundo os autores do artigo, a atividade sexual é uma importante questão relacionada com a qualidade de vida para homens e mulheres com doença cardiovascular e seus parceiros; ainda, segundo os autores, infelizmente as discussões sobre a atividade sexual raramente ocorrem no contexto clínico. É importante abordar a questão uma vez que a diminuição da função sexual em homens e mulheres muitas vezes acompanha as doenças cardíacas, e essa diminuição pode levar à ansiedade e depressão.

A realidade, segundo a nova declaração, é que a atividade sexual geralmente não coloca o coração sob pressão intensa por tempo suficiente para ser um problema para pacientes cardíacos. Assim, a taxa total de eventos cardiovasculares causados pela atividade sexual é muito baixo.

O artigo fornece um resumo de aconselhamento sobre atividade sexual, que os pacientes cardíacos e seus médicos deveriam considerar.

Fonte: Levine GN, Steinke EE, Bakaeen FG, et al. Sexual activity and cardiovascular disease. A scientific statement from the American Heart Association. Circulation 2012; DOI:10.1161/CIR.0b013e3182447787.

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