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Jovem autista institucionalizado se comunica melhor

08 de setembro de 2011 (Bibliomed). Adolescentes autistas que recebem regularmente atendimento ambulatorial e acompanhamento institucional diário têm maiores possibilidades de desenvolvimento de atos comunicativos vocais, gestos e verbalização, aponta estudo realizado na Faculdade de Medicina (FM) da Universidade de São Paulo (USP).

Realizado pela fonoaudióloga Danielle Netrval, o estudo traçou o perfil e desenvolvimento dos jovens com autismo, considerando os aspectos sociocomunicativos (convivência em sociedade), sociocognitivos (conhecimento sobre o mundo que os cerca) e comportamentais.

“É possível observar que, mesmo na adolescência, a pessoa com distúrbio do espectro do autismo pode apresentar evolução na linguagem e que os aspectos sociocognitivos, linguagem e socialização estão relacionadas também à gravidade do quadro”, diz a fonoaudióloga.

Participaram do estudo oito adolescentes, com idades entre 12 e 16 anos, que realizam tratamento integral, multidisciplinar e especializado, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Para a coleta de dados, pais e terapeutas responderam a quatro instrumentos de avaliação: dois questionários (Escala Diagnóstica “Autism Behavior Checklist” – ABC e a de AdaptaçãoSócio – Comunicativa) e dois protocolos que foram utilizados para analisar as filmagens de adolescentes (Perfil Funcional da Comunicação e Teste de DesempenhoSócio – Cognitvo).

Os jovens foram filmados em suas atividades a cada três meses, e os vídeos posteriormente analisados e comparados com os questionários. Os resultados mostraram que os adolescentes, quando estimulados, apresentam evolução tanto do número de atos comunicativos quanto na proporção de funções comunicativas interpessoais (relação com o outro). Também foi possível perceber que no desempenho sociocognitivona situação espontânea e a relação entre quanto maior número de características do espectro do autismo (maior pontuação no teste ABC), menores eram os escores no desempenho sociocognitivo.

Fonte: Agência USP, 31 de agosto de 2011

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