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Restrições a Doação de Sangue por Gays são Mantidas nos EUA

Por Lisa Richwine

GAITHERSBURG, EUA (Reuters) - Um comitê consultivo federal dos Estados Unidos rejeitou, por margem estreita de votos, proposta de reduzir as restrições à doação de sangue por homens gays, política vista por alguns como discriminatória e ultrapassada.

Muitos integrantes do comitê da Food and Drug Administration (FDA), órgão que regulamenta drogas e alimentos no país, disseram ser favoráveis a mudanças na política, adotada para minimizar os riscos de transmissão do HIV, vírus causador da Aids. Mas a maioria considerou que não há evidências científicas suficientes para justificar a revisão da política.

Pelas normas da FDA, homens não podem doar sangue se mantiveram relações sexuais com outro homem pelo menos uma vez desde 1977.

O comitê votou na quinta-feira, por 7 votos contra e 6 a favor, contra a modificação que permitiria excluir apenas os homens que tiveram sexo com outros homens nos últimos cinco anos.

A FDA disse que considerou a possibilidade de rever as normas porque os exames de sangue atuais são muito mais confiáveis e detectam a contaminação por HIV muito mais rapidamente do que os anteriores.

Além disso, grupos de defesa dos direitos dos homossexuais e outros se queixam de que as normas diferem daquelas que se aplicam a outros doadores de alto risco.

Homens que tiveram sexo com prostitutas, por exemplo, são impedidos de doar sangue por apenas um ano desde a última relação sexual.

Os críticos também dizem que perguntar às pessoas se tiveram vários parceiros ou fizeram sexo sem camisinha é uma maneira melhor de identificar potenciais portadores de HIV e não excluiria os gays que praticam sexo seguro ou mantêm abstinência sexual, além de outros que tiveram relações homossexuais apenas muitos anos atrás.

Sinopse preparada por Reuters Health

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