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Radioatividade no Japão pode aumentar casos de câncer

18 de março de 2011 (Bibliomed). Depois do tsumani que atingiu o Japão o mundo voltou os olhos para o país. A grande preocupação é com a Usina Atômica Fukushima Daiichi, que foi atingida pelas ondas. Os materiais radioativos que vazaram podem contaminar alimentos e recursos hídricos, aumentando o risco de novos casos de câncer e má formação fetal.

Segundo especialistas, quanto maior o índice de radiação, maiores e mais variados serão os casos da doença. "As explosões podem expor a população à radiação a longo prazo, o que pode aumentar o risco de câncer. Casos como  câncer de tireóide, nos ossos e leucemia tendem a aumentar. Crianças e fetos são especialmente vulneráveis", diz Lam Ching-wan, patologista químico da Universidade de Hong Kong.

Transportado por gotículas de umidade presentes no ar, o material radioativo pode ser diretamente inalado para os pulmões, mas pode também contaminar as águas, tanto do mar quanto doce, além de animais e solo. Os cientistas apontam o leite como um dos alimentos com alto potencial de contaminação, pois as vacas comem a grama impregnada com radiação.  "As vacas são como aspiradores de pó, pegando iodo radioativo que pousa sobre uma vasta área de pastagem e, em seguida, as partículas muito facilmente se concentram e passam para o leite", dizem os especialistas.

Lee Tin, toxicologista e professor adjunto da Chinese University of Hong Kong's School of Medical Sciences, afirma que se deve medir os níveis de radiação das águas marítimas ao redor do país. “Ninguém está medindo os níveis de radiação do mar. O vapor que é liberado no ar acabará voltando para a vida da água e do mar será afetado, uma vez que há chuva, a água potável também será contaminada”, diz ele.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Japão está tomando as medidas necessárias para proteger a população, tais como evacuações e estoque iodeto de potássio, um antídoto contra a radiação.

Fonte: MedScape, 17 de março de 2011

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