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Por Ian Mason
FLORENÇA (Reuters Health) - Com as Olimpíadas, um cientista norueguês deu, nesta mês, alguns conselhos oportunos a atletas que praticam esportes de resistência: treinar muito pode fazer mal aos pulmões.
"Sintomas de asma relacionados a exercícios pesados são comumente relatados por atletas de elite -- especialmente por aqueles que praticam esportes de resistência como maratona, ciclismo e esqui de longa distância", disse Leif Bjermer, do Hospital Universitário, em Trondheim, em coletiva durante o Congresso Mundial em Saúde Pulmonar e o Congresso Anual da Sociedade Respiratória Européia, no início do mês.
"Todas os esportes de resistência envolvem hiperventilação...por muitas horas. Isso produz um grande estresse nas vias aéreas inferiores, pode levar a uma maior exposição a irritação das vias aéreas em ciclistas, a alérgenos em corredores de maratona e a ar frio e seco a esquiadores", acrescentou Bjermer.
Ele destacou ainda que o risco de infecção também é maior. Uma semana após a maratona de Los Angeles, 13 por cento dos corredores relataram infecções do trato respiratório superior, em comparação a somente 2 por cento dos corredores do grupo de "controle".
"Enquanto exercícios moderados parecem aumentar a resistência a infecções respiratórias, exercícios de alta intensidade aumentam o risco de infecções", disse Bjermer.
Ele acrescentou que parte do problema se devia à imagem "máscula" do esporte, com muitos atletas que continuam treinando ou competindo, apesar de uma infecção pulmonar recente ou presente.
Bjermer explicou que a imposição de limites de treinamento a atletas noruegueses, especialmente após infecções, está evitando ou reduzindo muitos desses problemas. Ele destacou ainda a importância do "aquecimento" gradual antes de treinamento ou competição.
Segundo Bjermer, com o uso dessas técnicas, a utilização de drogas antiasma foi reduzida de dois terços da equipe de esqui as Noruega para 1 em cada 10 atletas.
Sinopse preparada por Reuters Health
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