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Fatores de risco para aterosclerose são muito comuns em jovens brasileiros

28 de setembro de 2010 (Bibliomed). Aliado ao crescente problema da obesidade infantil em todo o mundo, a prevalência de fatores de risco para aterosclerose - doença inflamatória nas paredes internas dos vasos sanguíneos - é alta entre os adolescentes brasileiros, segundo recente estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Em apresentação esta semana no Congresso Brasileiro de Cardiologia, os pesquisadores destacaram que metade dos jovens de dez a 19 anos tem níveis de colesterol inadequados, mais de 15% estão acima do peso e quase 50% podem apresentar histórico familiar de doença coronária.

“A doença aterosclerótica de origem multifatorial, é influenciada por fatores genéticos e ambientais. Estudos já relatam a associação entre história familiar de doença arterial coronariana e a presença de fatores de risco para aterosclerose na infância”, destacaram os especialistas. “Uma elevada prevalência de fatores de risco para a aterosclerose foi registrada nos adolescentes”, acrescentaram, se referindo aos resultados do estudo.

Os especialistas avaliaram 432 jovens - 51,6%, meninos, e idade média de 12 anos - em 21 escolas públicas de Natal-RN no período entre 2007 e 2008. E descobriram que 50,5% deles apresentavam baixos níveis de “bom” colesterol (HDL) e 44,4% tinham colesterol alto. Além disso, quase 11% dos participantes tinham sobrepeso, 4,4% eram obesos, 7,4% tinham obesidade centralizada - ou as “gordurinhas” na região abdominal -, e quase 10% apresentavam a razão cintura-altura elevada. Aumentando ainda mais os riscos de entupimento das artérias, mais de 48% tinham, na família, casos de doença arterial coronariana.

Baseados nesses resultados preocupantes, indicando que os fatores de risco para aterosclerose são muito comuns entre os adolescentes brasileiros, os pesquisadores destacam a necessidade de políticas públicas de educação para crianças e pais que abordem a prevenção de problemas cardiovasculares. De acordo com os especialistas, é importante que as crianças tenham uma alimentação balanceada e a prática regular de atividades físicas, visando a redução da obesidade e dos problemas associados na idade adulta.

Fonte: 65º Congresso Brasileiro de Cardiologia. Tema livre 19376. 27 de setembro de 2010.

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